Operação do MP que investiga suposto desvio de dinheiro em Paraú, RN, prende marido da prefeita e servidor público

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) deflagrou nesta quarta-feira (5) uma operação que apura um suposto esquema de desvio de dinheiro público na Prefeitura de Paraú. Foram presos o marido da prefeita do município e ex-presidente da Câmara Municipal, Antônio Vicente Eufrásio Peixoto, e um servidor público. A operação foi denominada Sujeito Oculto.

A operação investiga supostos crimes como estelionato contra a administração pública, peculato, contratação direta indevida, associação criminosa, desobediência à decisão judicial sobre suspensão de direito e lavagem de dinheiro.

Com o apoio da Polícia Militar, a operação cumpriu 15 mandados de busca e apreensão nas cidades de Paraú, Natal, Mossoró, Ipanguaçu, Parnamirim e Assu, além dos dois mandados de prisão preventiva.

Os mandados foram cumpridos na sede da Prefeitura de Paraú; nas Secretarias de Educação, de Agricultura e Pesca, de Saúde, de Assistência Social, e de Obras, Urbanismo e Transporte; em um posto de combustíveis; na sede de uma construtora e ainda nas residências dos investigados.

G1 não conseguiu contato com a defesa dos investigados e com a prefeitura até a última atualização desta matéria.

Ao todo, participaram da ação 16 promotores de Justiça, 24 servidores do MPRN e ainda 68 policiais militares.

O principal investigado na operação é o empresário Antônio Vicente Eufrásio Peixoto, marido da atual prefeita do município, Maria Olímpia Eufrásio, e ex-presidente da Câmara Municipal.

De acordo com o MPRN, o homem seria responsável pela contratação de máquinas através de acordo verbal, sem licitação e documento formal, com pagamentos efetuados por terceiros e através de vales-combustíveis quitados com recursos públicos municipais.

Ainda de acordo com os investigadores, para cometer os supostos delitos, o ex-presidente da Câmara contava com o apoio de um servidor da prefeitura de Paraú responsável pela autorização de “ordens de combustíveis”. O homem também foi preso preventivamente.

A atuação dos investigados ocorria desde o ano de 2018, segundo o MP.

Fonte: G1 RN