Uma a cada 25 mil pessoas morre de Covid-19 mesmo após 2ª dose da Coronavac

São Paulo – Vacinação contra covid-19 aos profissionais da saúde do Hospital das Clínicas, no Centro de Convenções Rebouças.

Dados do Ministério da Saúde obtidos pela CNN via Lei de Acesso à Informação (LAI) mostram que há casos de pessoas que, mesmo completamente imunizadas com a Coronavac, contraem Covid-19 e morrem por causa da doença.

O número, no entanto, é extremamente baixo: uma morte a cada 25 mil pessoas que tomaram as duas doses do imunizante, o que equivale a 0,004% dos vacinados.

Para especialistas, esses números evidenciam que a vacinação é uma proteção coletiva e que a vida não poderá “voltar ao normal” a não ser que grande parte da população esteja completamente vacinada.

Uma dessas vítimas foi o Orrélio Justiniano Rocha, de 83 anos. Pneumologista e secretário municipal de Saúde da cidade de Lins, no interior de São Paulo, Orrélio estava na linha de frente do combate à Covid-19 e foi um dos primeiros a tomar a Coronavac.

Recebeu a segunda dose da vacina em 11 de fevereiro. Porém, 25 dias depois, começou a apresentar sintomas.

“Meu pai tinha uma particularidade, ele tinha uma tosse um pouco crônica, a vida inteira sempre tossiu muito, era um problema gastro-pulmonar. Essa tosse deve ser se modificado um pouco nessa época, ele não se apercebeu, e isso foi dando continuidade, ele foi se agravando”, contou à reportagem o filho de Orrélio, Aurélio Rocha Neto.

Quando procurou o hospital, Orrélio descobriu estar com Covid-19. A tomografia revelou que 50% de seu pulmão havia sido comprometido. Dias depois, Orrélio morreu.

Segundo o Ministério da Saúde, até 31 de março, 5,282 milhões de pessoas haviam recebido a segunda dose da Coronavac 14 dias antes, período para que o corpo consiga desenvolver as defesas adequadas. Destas, 623 desenvolveram a forma grave da Covid-19 e 212 pessoas acabaram morrendo, o equivalente a 0,004% do total. Uma pessoa a cada 8 mil foi internada pela doença.

Deu na CNN