Médicos dão dicas de como curtir o carnaval sem se infectar com o coronavírus

Por causa do ano atípico, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, entregou a chave da cidade a profissionais de saúde como forma de homenagem, na Sapucaí. Foto: Luiza Moraes / Agência O Globo

O carnaval deste ano será totalmente diferente dos anteriores. Por conta da pandemia, desfiles de escolas de samba, blocos, festas e bailes estão proibidos. No entanto, a folia está liberada, desde que ocorra dentro de casa e com pessoas com quem você já convive.

— O ideal é evitar de toda forma as aglomerações de pessoas. É muito melhor perder um ano de carnaval e estar saudável para pular e brincar nos próximos. É uma questão de consciência e proteção de todos que você ama — diz Fernanda Rocha, clínica geral e especialista em Telemedicina da Iron.

Apesar de não haver folia nas ruas, muitas famílias estão programando festas em casa. Isto pode ser ótimo, desde que não tenha convidados que morem em outras residências.

Mas, há um item que sempre fez parte do carnaval, independentemente da maneira como ele é festejado: o álcool. Apesar dos médicos esperarem que este ano os problemas causados pela bebida diminuam, é preciso fazer alguns alertas, como a mistura do álcool com energéticos.

— No geral, o consumo acima de 500ml de energético num curto espaço de tempo o torna prejudicial. Principalmente quando associado ao álcool, o consumo excessivo de bebida pode causar palpitações, arritmias e até óbito em portadores de doença cardíaca. Os sintomas também podem surgir em pessoas saudáveis — explica Eduardo Moreira dos Santos, cardiologista no Hospital América de Mauá.

Cuidados extras nas viagens

Outra forma de comemorar o carnaval longe da Covid é viajando para casas com piscina ou para o campo. O ideal é que o deslocamento seja feito com um automóvel da família, para evitar a aglomeração em rodoviárias e aeroportos, diminuindo o risco de contaminação pela Covid-19.

— De preferência, as viagens devem ser feitas na companhia das pessoas com quem se coabita e com quem já se estaria tendo contato normalmente — diz Fernanda, apontando também os cuidados que os pais devem ter com as crianças:

— É importante conscientizar todas as crianças do uso da máscara, da higiene das mãos e, principalmente, para dar o exemplo.

Fonte: Extra/OGlobo