Fenae e sindicatos cobram celeridade para vacinação de bancários da Caixa

Com o recrudescimento da pandemia e a possibilidade de retorno do pagamento do auxílio emergencial pelos bancários da Caixa, a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) e outras entidades representativas cobram de governantes a célere vacinação dos empregados da estatal.

Os serviços bancários são considerados um dos segmentos essenciais à população e os trabalhadores da Caixa permanecerão na linha de frente da assistência a milhões de brasileiros. Em 2020, mais de 160 milhões de pessoas contaram com o banco público para o recebimento do auxílio e de outros benefícios sociais em virtude da crise econômica.

“O país está retrocedendo em relação à fase inicial da pandemia”, avalia o presidente da Fenae, Sergio Takemoto. “O governo não tem plano de vacinação em massa e quer jogar a responsabilidade desse caos para a sociedade. Não tem a mínima consideração com a vida das pessoas”, acrescenta.

Além do envio de ofício ao ministro da saúde, Eduardo Pazuello, solicitando a inclusão dos empregados da Caixa no grupo prioritário de vacinação contra a covid-19, a Federação e as entidades sindicais têm solicitado aos governos locais e a dirigentes bancários o respeito às normas de proteção à saúde dos trabalhadores e da população, além de novos protocolos em razão das variantes do coronavírus.

O Sindicato dos Bancários de Brasília, por exemplo, enviou ofício ao Governo do Distrito Federal e a todos os bancos da base do DF reivindicando condições adequadas de trabalho. A entidade aguarda audiência com o governador Ibaneis Rocha, que decretou lookdown em Brasília no último domingo (28).

Segundo a secretária-geral do sindicato, Fabiana Uehara, no caso da Caixa, “o banco tem que priorizar os protocolos de forma que a segurança dos empregados esteja em primeiro lugar”. O presidente da Fenae observa que o Executivo federal acumula sucessivos erros de gestão, falta de planejamento e logística no enfrentamento da covid-19, não demonstrando interesse e urgência na aquisição de vacinas.

“É urgente a compra [de vacinas] e uma campanha efetiva que alcance toda a população”, afirma. “Se o governo inclui os empregados da Caixa Econômica entre as categorias que prestam atividades essenciais, os bancários — assim como todos os brasileiros que atuam na linha de frente de combate à pandemia — devem ser prioritários na vacinação”, reforça Takemoto, ao pontuar que os trabalhadores da Caixa atendem a um público volumoso e em ambiente fechado, com frequente exposição ao coronavírus no contato com cédulas, documentos e caixas eletrônicos.