Tetracampeão do mundo, Zagallo morre aos 92 anos no Rio de Janeiro

EFE/SANTI CARNERI

Morreu na noite desta sexta-feira (6) Mário Jorge Lobo Zagallo, conhecido no mundo do futebol somente como Zagallo. O ex-jogador, ex-treinador e ex-coordenador técnico de futebol, tinha 92 anos, e há tempos sofria com problemas de saúde. A notícia foi confirmada na página oficial do ídolo do Botafogo e da seleção nas redes sociais. 

“É com enorme pesar que informamos o falecimento de nosso eterno tetracampeão mundial Mario Jorge Lobo Zagallo. Um pai devotado, avô amoroso, sogro carinhoso, amigo fiel, profissional vitorioso e um grande ser humano. Ídolo gigante. Um patriota que nos deixa um legado de grandes conquistas. Agradecemos a Deus pelo tempo que pudemos conviver com você e pedimos ao Pai que encontremos conforto nas boas lembranças e no grande exemplo que você nos deixa”, diz o comunicado.

Recordista em conquistas de Copas do Mundo com quatro títulos, o Velho Lobo começou a carreira no futebol como jogador. Em 1948, estreou pelo América-RJ e ficou no clube durante um ano. Após a conquista da Copa Início, se transferiu para o Flamengo, onde ficou oito anos e conquistou três Campeonatos Cariocas.

Com as boas atuações no Rubro-Negro, em 1958 foi para o Botafogo. Na ponta esquerda, o camisa 13 que é considerado um dos precursores do contra-ataque, fez parte do supertime da Estrela Solitária, formado por Garrincha, Nilton Santos e Didi.

Campeão estadual, o quarteto foi convocado para a Copa do Mundo daquele ano. Na Suécia, a seleção brasileira conquistou o inédito título mundial. Titular, Zagallo inclusive fez gol na decisão, contra os donos da casa. Na final, a Canarinho venceu por 5 a 2. 

Quatro anos depois, Zagallo se juntou novamente a delegação da seleção e embarcou rumo ao Chile, para jogar segunda Copa do Mundo da carreria.

Com shows de Pelé e Garrincha, o esquadrão brasileiro foi bicampeão mundial, dando ao Formiguinha a segunda e última Copa como atleta.

Como jogador, Zagallo inovou e foi o primeiro ponta que voltava para ajudar a marcação no meio campo. Pela versatilidade, acabou roubando a vaga de Pepe, ídolo santista da época. A seleção que era treinada por Aymoré Moreira jogava no 4-3-3, esquema que é muito usado por clubes europeus até os dias de hoje.

Portal r7