Oposição barra homenagem ao MST no plenário da ALRN

Embate sobre homenagem ao MST deve voltar nesta quarta-feira (6), com nova análise do tema – Foto: João Gilberto

Em virtude de obstrução em plenário, a Assembleia Legislativa adiou votação de requerimento da deputada Isolda Dantas (PT), sugerindo a realização sessão solene em homenagem ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) pelo transcurso dos seus 40 anos de fundação, ocorrido em 22 de janeiro deste ano.

A declaração de obstrução ao requerimento da deputada petista partiu do deputado estadual Coronel Azevedo (PL) contra homenagem a um movimento sem CNPJ que invade terras produtivas. “Com todo respeito a propositura que a parlamentar pretende é uma homenagem a um grupo fora da lei, que tem patrocinado e promovido crimes em todo território nacional”, justificou.

O deputado José Dias disse que acompanhava a posição do Coronel Azevedo. “Lamento me contrapor a qualquer proposição de colegas nossos, não é por questão pessoal, as minhas terras já foram desapropriadas, e não tenho o que reclamar, confesso que até agradeço essas desapropriações, mas é uma questão de respeito a minha consciência”, alertou.

A deputada estadual Isolda Dantas defendeu sua sugestão, afirmando que “nunca viu” em cinco anos de mandato, uma sessão solene “proposta por nenhum deputado ser vetada pelo plenário”.

A deputada estadual Divaneide Basílio (PT) associou-se ao pronunciamento de sua colega de bancada, informando que o MST representa 160 cooperativas, 120 agro-indústrias, 1.900 associações e 40 mil famílias assentadas no país. “O programa de compra direta de alimentos para escolas, partem da produção feita pelo MST”, exemplificou. Com informações da Tribuna do Norte.