Motorista de aplicativo diz que idoso estava vivo durante trajeto até o banco

O Dia

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O motorista de aplicativo que transportou a mulher suspeita de levar um idoso morto para sacar um empréstimo de R$ 17 mil em um banco, na última terça-feira (14), disse que Paulo Roberto Braga, de 68 anos, estava vivo durante o trajeto. Em depoimento, o homem afirmou que o idoso chegou a segurar na porta do carro.

De acordo com ele, o episódio ocorreu no momento do desembarque no estacionamento de um shopping no bairro. Imagens de câmeras de segurança flagraram o momento em que Érika o retira do veículo com a ajuda do motorista. Em seguida, Paulo Roberto é colocado em uma cadeira de rodas que a mulher pegou no estabelecimento. Segundo o motorista, o idoso e a mulher foram deixados no shopping porque o acesso de veículos é proibido na agência bancária.

O rapaz informou que foi acionado para a corrida por volta das 12h26 e que, ao chegar no local, Érika estava no portão da casa com o idoso. Segundo o motorista, ele chegou a ficar sete minutos sozinho com o idoso no carro aguardando a mulher voltar com a cadeira de rodas até o estacionamento.

Um homem que trabalha como mototaxista em um ponto na rua de Erika também prestou depoimento e disse que o idoso estava vivo no momento em que saiu de casa e seguiu com a mulher até o banco. De acordo com a testemunha, ele ajudou a colocar Paulo dentro do veículo. Segundo o homem, Erika o abordou pedindo ajuda para colocar o idoso no carro.

O mototaxista contou aos policiais que entrou na casa da família e encontrou Paulo deitado na cama. Ele pegou o idoso pelos braços, com a ajuda de Erika, e o levou até o veículo. Conforme diz o depoimento, o idoso ainda respirava e tinha forças nas mãos. A testemunha ressaltou que Paulo até segurou na porta do carro quando entrou.

A mulher, que se identificou como sobrinha de Paulo Roberto Braga, de 68 anos, foi presa em flagrante pelos crimes de tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio de cadáver. Em depoimento, Erika contou que o idoso tinha solicitado o empréstimo de R$ 17 mil para comprar uma televisão nova e reformar a casa. Na sua oitiva, a mulher alegou que Paulo chegou vivo ao banco e que parou de responder no momento do atendimento no guichê.

Erika entrou com o corpo em uma cadeira de rodas e conversou com ele normalmente, pedindo inclusive para que Paulo assinasse o documento que autorizava o recolhimento do dinheiro. Funcionários da agência bancária desconfiaram e chamaram equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).