Federação Única dos Petroleiros reitera apoio e alinhamento com Prates

(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A. Press)

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) divulgou nota, ontem, na qual ressalta que a Petrobras tem papel social e não será apenas uma empresa de óleo e gás, mas, sim, uma companhia de energia, que precisa se voltar à transição energética “de forma dialogada com trabalhadores e comunidades impactadas”.

A entidade levou as mesmas demandas para o encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na Granja do Torto, que reuniu centrais sindicais e outras organizações da sociedade civil.

A nota da FUP vai na direção daquilo que tem proposto o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates — que entrou em rota de colisão com o ministro Alexandre Silveira, das Minas e Energia. Desde quinta-feira, cresceram os rumores de que Aloizio Mercadante, hoje à frente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), poderia substituir Prates e, inclusive, o economista já teria conversado com o presidente da Petrobras sobre a hipótese de sucedê-lo.

Há poucos dias, a FUP tinha manifestado claro apoio ao atual comandante da estatal, quando salientou que reconhecia “a atuação da gestão Prates em busca do fortalecimento da Petrobras como promotora de investimentos, capazes de contribuir para a geração de emprego e renda para os brasileiros”. A federação frisou que Prates “restabeleceu o diálogo com a categoria petroleira e promoveu o início da implementação de uma nova e importante política de melhoria das condições de vida do trabalhador”.

Segundo a nota da FUP, divulgada após o encontro dos seus dirigentes com Lula, “a Petrobras precisa ser protagonista nesse processo, indutora de um polo industrial nacional de combustíveis verdes”. O texto destaca, ainda, a importância do polo petroquímico de Camaçari (BA), estado que tem grande potencial de geração de energia eólica e solar e de atração de investimentos.

A entidade que congrega os petroleiros lembrou, na nota, do “papel social” da Petrobras — cobrado por Lula e pelos ministros e correntes do PT favoráveis à saída de Prates — e citou o gás de cozinha, usado pela população de mais baixa renda. O preço do GLP vem caindo gradativamente, mas, para os petistas, a redução é tímida e aquém da gasolina e do diesel — cuja redução está associada à mudança na política de preços da Petrobras, que abandonou a paridade de importação.

Fonte: Correio Braziliense