Após briga com o deputado federal Mineiro, Matheus Faustino quer ser vereador

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Empresário autônomo, de direita, oposição ao PT no Nordeste e pré-candidato a vereador em Natal. “Um cara comum”. Assim se define Matheus Faustino, que chamou a atenção dos potiguares após se envolver em uma confusão com o deputado federal Fernando Mineiro (PT) durante recepção à deputada federal e presidente do PT, Gleisi Hoffmann, no Aeroporto de Natal, na última sexta-feira 15, quando a parlamentar veio cumprir agenda no Rio Grande do Norte.

Em entrevista ao AGORA RN, Faustino confirmou sua intenção de concorrer a uma das cadeiras da Câmara Municipal de Natal nas eleições de 2024, mas não revelou o partido a que será filiado.
Até o momento, ele está declaradamente ligado ao Movimento Brasil Livre (MBL), grupo que se propõe a promover o liberalismo como no Brasil.

O pré-candidato é natural de Macaíba, com raízes nos municípios de Ielmo Marinho e Riachuelo, mas criado em Parnamirim.

Faustino contou que após a falência de sua loja de suplementos durante a Pandemia de Covid-19, vendeu um carro em 2021 e foi para São Paulo em busca de melhores oportunidades, onde morou até 2023. Na capital paulista, começou a gravar vídeos de teor político na Avenida Paulista, que viralizaram e o tornaram “figura pública”.

Até então apolítico, Faustino afirmou que a política passou a lhe fazer sentido quando se viu influenciando outras pessoas.

“Nunca votei na minha vida. Não votei em 2018, não votei em 2022, apesar de ter participado de uma campanha eleitoral”, disse ele, e completou: “Quando eu comecei a perceber a influência que eu poderia gerar na opinião pública, comecei a me empolgar em me expressar para as pessoas”.

Em 2023, o agora militante montou o grupo “Inimigos Públicos” com mais dois amigos – Gabriel Costenaro, do estado do Rio de Janeiro, e João Bettega, do Paraná – para fazer fiscalizações a pedido de seguidores. O grupo atraiu atenção ao mirar universidades, para onde fez caravanas que resultaram em confusões com estudantes, a exemplo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Universidade Federal de Santa Catarina, onde Faustino disse que foi ameaçado com faca.

De volta a Natal no ano passado, o militante foi morar em Ponta Negra, de onde disse que teve que se mudar, sob orientação de seu advogado, após notar rondas estranhas no bairro. “Até então eu já me mudei duas vezes e eu sofro muita ameaça, porque via de regra a oposição sempre me ataca com rótulo de fascista. Na cabeça de pessoas mais radicais, que me consideram fascista, é justificável agressão, porque vale a pena agredir um fascista”, disse o pré-candidato, com clara referência a Fernando Mineiro, que foi gravado na confusão com a equipe de Faustino afirmando que ‘quebra fascista no pau’.

O pré-candidato revelou que, somado ao Boletim de Ocorrência registrado contra Fernando Mineiro e Gleisi Hoffmann em São Gonçalo do Amarante, também registrou BO na capital potiguar contra um homem que o teria ameaçado de agressão.

AgoraRN