Funcionário de multinacional com especialização nos EUA, preso por engano no Rio no lugar de miliciano, é solto após 23 dias

Solto nesta quinta-feira (9) após passar 23 dias preso por engano em uma cela do presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio, o cientista de dados Raoni Lázaro Barbosa, de 34 anos, ainda tenta entender a reviravolta que a sua vida deu.

No dia 17 de agosto, agentes da Delegacia de Repressão a Ações Criminosas Organizadas (Draco) realizaram uma operação para prender o miliciano Raony Ferreira dos Santos, o Gago, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

Mas, baseado num reconhecimento feito por foto – prática que não é prevista em lei brasileira – por testemunha, a equipe comandada pela delegada Thaianne Barbosa de Moraes Pessoa, acabou prendendo, por engano, Raoni Lázaro Barbosa.

Raoni Barbosa é formado pela PUC-Rio, com especialização no MIT, o Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos Estados Unidos. Ele é casado há quatro anos com Érica e há cerca de um ano conquistou o emprego dos sonhos, na multinacional IBM.

A foto usada para o reconhecimento e prisão do cientista de dados foi a de Gago, integrante de uma milícia de Caxias, formada por policiais militares.

As testemunhas desfizeram o reconhecimento e a delegada pediu a revogação da prisão do cientista de dados. O cientista de dados foi solto apenas nesta quinta-feira (9).

O cientista de dados mora com a mulher Érica Armond, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, e nunca viveu em Duque de Caxias.

O rapaz e a mulher estão atordoados com tudo o que aconteceu e ainda querem entender como é que Raoni foi parar na cadeia. Segundo ele, em momento algum foi ouvido pela polícia.

Apesar do ocorrido, o emprego de Raoni na em uma multinacional está garantido.

Do G1