Abaixo o monopólio da opinião

flavio-flavioPor Dr. Flávio Sami
Caros leitores. Após longa temporada ausente da coluna de artigos deste blog, eis-me aqui de volta. Espero que não ousem nos “calar” por aqui também.
Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o que vale dizer, o direito de não ser inquietado pelas suas opiniões e o de procurar, receber e difundir, sem consideração de fronteiras, informações e ideias por qualquer meio de expressão. O direito de se expressar livremente, sem dúvidas, é a mais pura demonstração constitucional da democracia brasileira. No entanto, ao fazer uso dessa prerrogativa, deve o cidadão comunicador ter – no mínimo – respeito, civilidade e compromisso com a verdade, principalmente quando se faz uso de veículos de comunicação em massa, como é o caso das emissoras de rádio. Aliás, em se tratando de rádio, instalou-se ultimamente no Município de João Câmara/RN, uma verdadeira “ditadura da opinião”. E não é de hoje que essa manobra vem sendo utilizada para manipular o povo.

Lembram da Rádio Baixa Verde, adquirida com o único propósito de calar a oposição! Sem falar no aliciamento e perseguições à emissoras concorrentes, sempre com o intuito de silenciar aqueles que divergem da opinião do governo. Típico comportamento de regimes ditatoriais. Gente que fala em democracia para negá-la na sua própria essência. Agem sempre da mesma forma. Sempre que o índice de rejeição foge do controle, pondo em risco seus projetos de poder, põe-se logo em prática a ideia do monopólio da opinião. Pessoas que não aceitam o contraditório e na conveniência de suas oportunidades, perseguem seus adversários políticos, castigam os correligionários que ousam contrariar as ordens de um governo antiquado, ousado e tirano. Não podem ser outros os adjetivos de um governo que humilha e pune seus servidores de forma vexatória; sem mencionar o assédio moral que amargam quando são obrigados a permanecerem de castigo em um sofá velho de secretaria.

Voltamos no tempo, abusos e absurdos praticados contra o povo e a máquina pública, acontecem a luz do dia, nas “barbas” dos fiscais da lei. Deleitam-se os oportunistas nas vantagens que a corrupção lhes oferecem, sem que nada lhes aconteçam. Para onde se olha enxerga-se corrupção nesse país. Nunca foi tão necessário um choque de consciência, moralidade, espirito público e respeito na administração pública. Entretanto, o que se ouve, principalmente nas emissoras de rádio comunitárias ou educativas, são falácias, distorções, inversões de valores, mentiras e excesso de “coitadismo”. É sabem qual o propósito disso? O poder. Querem o poder custe o que custar, nem que para isso, tenham que persuadir a população com falsas conversas transmitidas como se verdades absolutas fossem. Me permitam um conselho! Não se deixem iludir com essa gente que faz uso de demagogia barata e deletéria. Programas “institucionais e politiqueiros” que entre uma estupidez e outra iludem e tentam enganar, só insultam a inteligência do povo. É evidente que esses discursos populistas de “tamborete”, maliciosamente pensados e ditos no rádio, possuem a nítida intenção de aliciar a opinião pública, especificamente, o eleitor que irá as urnas em outubro do ano que vem.

A propósito, respeito o que é dito em nome da democracia e do direito de expressão, desde que se diga com consideração e lealdade a verdade real dos fatos. Não se enganem, na memória recente do povo que sofre com as incertezas e o pessimismo político, hiberna a revolta contra um governo incompetente e desacreditado. Omitir e distorcer a verdade dos fatos, imprecando suas culpas e defeitos aos adversários políticos, em detrimento de conveniências pessoais mitigadas em gabinetes e repartições públicas, além de ser promiscuo, não se coaduna com aquilo que de fato o povo precisa, espera e merece. Para se libertar de “tapías políticos”, “politiqueiros oportunistas” e encantadores de “serpentes”, diga NÃO! E abaixo o monopólio da opinião!