Superlotada, Maternidade Januário Cicco interrompe atendimentos em Natal

Superlotada, Maternidade Januário Cicco interrompe atendimentos em Natal — Foto: Anna Alyne Cunha/Inter TV Cabugi

A Maternidade Escola Januário Cicco fechou a porta de emergência nesta sexta-feira (31) por causa da superlotação. Na manhã deste sábado (1º), 17 pacientes estavam no corredor da unidade, outras cinco mulheres esperavam por cesárea e 10 bebês estavam em salas de parto ou centro cirúrgico de forma improvisada. A direção da unidade responsabiliza a regulação, feita pela Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap), pelo colapso.

“A regulação infelizmente não está funcionando como deveria. Nós temos dois hospitais na cidade que são referência para o alto risco: somos nós que somos da UFRN e o Hospital Santa Catarina que é do Estado. O Hospital Santa Catarina recebeu na quarta-feira oito encaminhamentos e nós recebemos 27. Nós não estamos vendo a regulação funcionar. No momento em que nós temos uma regulação que é pra distribuir o excesso d epacientes, mesmo nós estamos lotados nós recebemos 27 pacientes. Eu liguei pessoalmente para o secretário de Saúde do Estado, Cipriano Maia, e para o adjunto, Petrônio Spinelli, e hoje pela manhã eles agendaram para segunda-feira, como se a saúde pudesse esperar’, disse o superintendente da Maternidade, Murilo Britto.

Em nota, a Sesap informou que a regulação acontece de acordo com a pactuação feita com a MEJC onde a maternidade não receberia pacientes Covid e passaria a atender pacientes da 3ª região de saúde (Mato Grande).

“Chegamos a esse limite porque não temos mais leitos. A gente colapsou e o nosso objetivo é avisar à população que a nossa maternidade não tem condições de receber mais nenhum paciente. Nós precisamos estabilizar o hospital para poder reabrir as portas”, disse Murilo.

No final de junho o G1 noticiou que a maternidade já sofria com a superlotação e bebês internados em sala improvisada aguardavam transferência para leitos de enfermaria e UTI.

De acordo com a diretora da unidade, a superlotação é recorrente desde março. “Nós estamos há alguns meses já com superlotação. Desde o final de março quando a Maternidade Januário Cicco fez um acordo com a Secretaria Estadual de Saúde de receber os pacientes da 3ª região de saúde que nós enfrentamos a superlotação”, disse Maria Daguia Dantas.

G1 RN