Casos de raiva em morcegos aumentam e deixa saúde em alerta; João Câmara com registro de raiva em bovino
abr
16
2019
Já somam 18 os casos de raiva confirmados em morcegos no
Rio Grande do Norte em 2019. O número preocupa o Programa de Controle da Raiva
da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), já que a doença – quando
transmitida do animal para o homem – resulta em morte em quase 100% dos casos.
O número de animais com diagnóstico laboratorial de raiva
em 2019 já está três vezes maior do que os três primeiros meses de 2018. Durante
todo o ano de 2018, foram registrados 35 morcegos positivos para raiva no RN e,
somente nos três primeiros meses de 2019 e nos 10 dias iniciais de abril, já
são 18 morcegos com raiva no estado e 1 caso em bovino.
“Os morcegos identificados com raiva no RN são sobretudo
de áreas urbanas. Fato que aumenta ainda mais a nossa preocupação em
decorrência da densidade populacional nas cidades. Das espécies identificadas
predomina o Molossus molossus,
morcego que tem o hábito de se alimentar de insetos. Segundo a literatura,
esses animais estão muito bem adaptados ao meio urbano”, explicou Alene Castro,
veterinária da equipe do Programa de Controle da Raiva da Sesap.
Os casos registrados em morcegos no ano de 2019 são dos municípios
de Parnamirim (4), Mossoró (4), Caicó (4), Macaíba (3), Santo Antônio (2) e
Nova Cruz (1). O município de João Câmara registrou caso de raiva em um bovino.
A Sesap solicita aos municípios que, através da
integração entre os profissionais de saúde da assistência e os profissionais
das vigilâncias, a investigação na área de ocorrência de acidentes envolvendo
morcego seja realizada mais prontamente e que aumente o número de envio de
amostras de quirópteros suspeitos de raiva. Além disso, a Secretaria sugere que
o tema “Raiva e a prevenção dessa doença” seja incluído nas ações do Programa
Saúde nas Escolas, para conscientização das crianças quanto às formas de
prevenção.
A doença é transmitida pela saliva do animal infectado –
principalmente, cão e gato, ou de animais silvestres, como morcego e sagui –
através da pele ou mucosas, seja por mordedura, arranhadura ou lambedura. A
principal forma de prevenção é a vacinação de animais domésticos e de pessoas
que foram expostas ao risco.
Assis Silva
Jornalista – DRT 1652 – Começou na imprensa local através do jornal A Cidade, foi redator-noticiarista das rádios Baixa verde AM. Líder FM e TOP FM, editor e redator de vários jornais regionais e locais ao longo de 30 anos de profissão. Em 2007 criou o 1º blog da região campeão em acessos diários. Fone para contato: 84 9 9610 - 9977