Mato Grande: Ocean Winds pretende gerar 2 GW em eólica offshore na região de São Bento do Norte

Investimento pode chegar a 30 bilhões de reais, com 4 mil empregos na construção

O secretário Jaime Calado se reuniu nesta terça-feira (15), junto a equipe técnica da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), com representantes da Ocean Winds, José Partida Solano e Mariana. A joint-venture fundada em 2020 é responsável por um dos quatro projetos cujos processos de licenciamento ambiental já tramitam no Ibama para a execução de plantas de geração de energia eólica off-shore na costa potiguar.

A Ocean Winds é formada pela junção da EDP Renováveis e Engie Energia e ambas já possuem parques on-shore no Rio Grande do Norte. A Engie protocolou recentemente junto ao Ibama seu projeto para geração de 2 GW off-shore no litoral potiguar, mais especificamente na região de São Bento do Norte. O investimento previsto varia de 25 a 30 bilhões de reais, com geração de até 4 mil empregos durante a construção do parque e 1.400 na operação.

Mariana informou também que a empresa observa o projeto como grande oportunidade para um próximo e importante passo que é a geração de hidrogênio verde no estado, tendo em vista que as vocações naturais do RN apontam para o menor custo de produção do mundo nesta categoria, segundo análise da Forbes.

O secretário de desenvolvimento econômico, Jaime Calado, lembrou que projetos como este ainda dependem da regulação do setor. O titular vê com otimismo a promessa de que a regulação seja concluída ainda este ano. “É uma excelente oportunidade de aprovarmos a proposta do Projeto de Lei do senador Jean Paul Prates, que é muito boa porque foi feita com base no diálogo com todos os representantes da área e vai trazer segurança jurídica para os empresários”, argumentou.

Os incentivos fiscais e o diálogo permanente e periódico com o setor produtivo foram destacados pelo secretário Calado como diferenciais na atração de investimentos em energias renováveis para o RN. “O governo Fátima Bezerra priorizou o setor de energias renováveis por saber da vocação natural e da capacidade do estado. Por isso criamos a Câmara Setorial de Energia, assim como um grupo de trabalho para tratar da geração off-shore e do hidrogênio verde.”