Jandaíra faz hoje 57 Anos de emancipação política; conheça um pouco de sua história

Vista aérea de Jandaíra(blog do Eurípedes Dias)

Os primeiros registros históricos de Jandaíra vêm de Anfilóquio Câmara, que em 1941, já dava por certo a existência de um lugar com um distrito policial e certo nível econômico conhecido por Poço Jandaíra.

O nome de Jandaíra/RN originou-se da abelha jandaíra existente na região. O substantivo é derivado de jandiere, nome dado pelos aborígenes ao inseto que produzia o mais puro mel, bastante utilizado pelos índios no trato de enfermidades.

Os tropeiros saíam de Lajes/RN para São Bento do Norte/RN em jumentos (animais usados como transporte na região), carregados de lenhas para comercializá-las e de lá traziam peixes para vender em Lajes. Nessas caminhadas, eles tinham um ponto de referência para pernoitar e, a esse local, deram o nome de Baixa da Jandaíra. Nesse lugarejo, alojavam-se e à noite saíam para caçar e, nessas caçadas, encontravam sempre o mel da abelha Jandaíra, o qual extraíam e, como consequência, tornava-se mais um produto a ser comercializado. A cerca de 2 km desse local, em 1936, começaram a chegar os primeiros moradores e a partir de então, passou a se chamar Jandaíra.

Quanto ao povoamento, este apresentava um ritmo de crescimento razoável, e, em dezembro de 1958, foi elevada à condição de vila. Depois de cinco anos, os habitantes resolveram lutar para desmembrá-la de Lajes.

A Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Norte e o governador do Estado Aluízio Alves oficializassem e aprovassem a Lei 3.036, dois dias após o feriado natalício. Em 27 de dezembro de 1963, o órgão criava oficialmente o município. Os prefeitos eram nomeados e o de Jandaíra passou a ser Severino Matias, porém o primeiro prefeito eleito pelo voto da população foi Severino Ramos da Câmara.

O povoado de Jandaíra teria nascido como fazenda de criação e, posteriormente, transformando-se em área de produção algodoeira, ao redor da Serra do Banho ou Serra Verde, à margem esquerda do rio Ceará-Mirim. Existem relatos dando conta de que desde os anos trinta, do século passado, a região produtora de algodão mocó e sisal, já chamava pessoas interessadas no cultivo da planta. Essas fazendas deram origem ao povoado a partir da perfuração de um poço, onde hoje está localizado o Centro de Turismo da cidade. O poço foi perfurado pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas o DNOCS com o objetivo de fornecer água para a construção da BR 406, estrada que ligaria a capital potiguar à região salineira do Estado. Esse poço evidencia as influências das chamadas aguadas permanentes na formação de núcleo comunitários.

Ao lado do poço, foram surgindo, aos poucos, as primeiras casas as quais formaram a primeira rua, batizada anos mais tarde com o nome de Aristófanes Fernandes, Deputado Federal e irmão de Asclepitos Fernandes, deputado distrital autor do projeto de lei que criou o município.