PSL analisa expulsão de deputado do RN e mais 19 após racha na Câmara

A Executiva Nacional do PSL decidiu, nesta terça-feira (12), encaminhar os nomes de 20 dos seus 53 deputados para o Conselho de Ética do partido, entre eles, General Girão, do Rio Grande do Norte. Os parlamentares poderão ser expulsos da legenda.

O fato ocorre por casos infidelidade partidária, que tramitam no partido há meses e remontam ao racha da sigla em 2019, quando Jair Bolsonaro deixou a legenda. Esses 20 deputados continuaram leais a ele e em vários momentos descumpriram decisões da direção do PSL.

O que motivou o andamento dos processos agora foi o apoio de 32 deputados do partido ao bloco de Arthur Lira (PP-AL) para a presidência da Câmara. A reunião da Executiva foi agendada no dia seguinte ao movimento pró-Lira.

O autor das representações foi o presidente do diretório do partido no Estado de São Paulo, deputado Junior Bozzella. “Hoje a Executiva nacional acatou por unanimidade as minhas representações”, afirmou. “Não expulsar é passar atestado de boa conduta para quem é infrator”.

Se Conselho de Ética recomendar a expulsão ou alguma outra pena, ainda será necessário que cúpula partidária analise.

Blocos como o que parlamentares do PSL assinaram servem para dividir os principais cargos da Câmara, que são repartidos conforme o tamanho dos grupos. Eles são construídos durante o processo de eleição do presidente da Casa.

A adesão a blocos é pelo apoio de mais de 50% da bancada, não necessariamente por escolha dos caciques da legenda.

A cúpula do PSL apoia Baleia Rossi (MDB-SP), rival de Lira. Os 20 integrantes da sigla encaminhados ao Conselho de Ética hoje assinaram a lista de Arthur Lira.

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