Benedita Maria da Conceição “Besterinha” – prestes a completar 111 anos de idade

Benedita (Besterinha) prestes a completar 111 anos de idade

Benedita (Besterinha) prestes a completar 111 anos de idade

Por Sandra Souza
besterinhaBenedita Maria da conceição “Besterinha” – 111 anos. Trata-se de uma mulher centenária, nascida em 10 de dezembro de 1905, dona de uma vitalidade fora do comum, lúcida e cheia de histórias para contar. Benedita, conhecida por “besterinha” por causa do hábito que ela tem de chamar tudo ou qualquer coisa de besterinha, tipo: “Tu só tem besteira… uma besteirinha… para de besteira…” E assim vai!] Por isto foi apelidada assim, “besterinha”.

Segundo ela quando recém nascida foi abandonada pela mãe biológica onde a colocou em cima de um formigueiro, que mais tarde foi encontrada por uma senhora, que a registrou e batizou como filha conforme dados de registro e identidade pessoal. Mas tarde esta senhora morreu de parto ficando ela (Besterinha) sozinha, criando as filhas desta senhora que a adotou.

Criou Antônia, Nazaré, Francisca, Joana e Margarida, que hoje moram distantes e não tem contato com elas. Mais tarde casou-se com a pessoa de Antônio Alves da silva que segundo ela o agredia todos os dias, com ele teve um filho, que chama de Antônio e mora atualmente em Campina grande no estado da Paraíba, que faz bastante tempo que não a visita.

Mora em João Câmara há mais de 60 anos, na época veio exclusivamente da Cidade de Nova Cruz para trabalhar na fazenda de Cândido Barbosa na colheita de algodão, que depois de algum tempo este fazendeiro faleceu e ela passou a trabalhar para os irmãos, Zé Guedes Câmara, Chico Guedes e João Guedes também na agricultura. Foi dona de uma “casa de tolerância”, que timidamente declara; Eu tinha umas meninas que trabalhava pra mim.

Dona de um bom coração, sempre visita a 2ª Companhia de Polícia militar, e sempre levando algo para oferecer aos policiais. Frutas, tapiocas e outras “besteirinhas” como ela expressa. Só faltam voluntários para consumir as comidinhas levadas por ela (risos). Amada pelos policiais, sempre ela está divertindo o ambiente militar.

Qual a explicação para sua longa história de vida?
Não toma remédio algum, não usa sandálias, não vai a médico, mora inadequadamente, convive num ambiente fora do padrão mínimo de higiene e come uma alimentação grosseira, porém é uma anciã saudável e disposta. Aposentada, ganhando apenas um salário mínimo se mantém e ainda sustenta um filho ex-presidiário que ela cria desde que o colocaram em sua porta. Conhecido como Tonho ou Nêgo de Besterinha.