Sindsaúde participa de audiência com a Sesap para discutir pauta da categoria

O Sindsaúde se reuniu na manhã desta quarta-feira (30), com o secretário da Saúde, Cipriano Maia, na Sesap, para discutir alguns pontos específicos da categoria. A primeira audiência com a nova gestão contou com a presença de representantes do Sindsaúde-RN,  membros da nova direção eleita e a subcoordenadora de Gestão das Relações de Trabalho, Renata Freire.

Na ocasião, o Sindicato apresentou a pauta com dez pontos a serem discutidos: O pagamento dos salários atrasados, a implantação da mudança de nível de 2016, do adicional de insalubridade e do enquadramento; esclarecimento sobre a portaria 38/2019, a regionalização dos hospitais, o pagamento e convocação de novos concursados, os pagamentos atrasados dos contratos temporários, a autorização e implementação da jornada especial e a conclusão do pagamento das restituições do Ipern aos servidores da saúde.

Após discutir ponto por ponto, o secretário de Saúde apelou para suspensão da greve da saúde.

“Vou ser bem sincero com vocês. Diante das dificuldades que o Estado se encontra, a greve não vai trazer resultados positivos no que desrespeita ao atraso dos salários”, declarou.

Para Rosália Fernandes, diretora do Sindsaúde-RN, a greve da saúde é inevitável, pois os servidores estão no limite. “Essa situação de atraso já vem há três anos. Sabemos que quem deixou o Estado nessa situação foi Robinson. Mas se Fátima assumiu, ela precisa assumir o ônus também e apresentar um calendário dos atrasados. Não dá para pagar os salários de 2019 e fingir que os atrasados não são de sua responsabilidade”, afirmou Rosália.

Ainda sobre as condições de vida dos servidores e aposentados da saúde, Rosália lamentou ter que apelar para a greve para poder garantir direitos.  “Não fazemos greve porque gostamos, mas porque tem gente passando fome. O endividamento das pessoas está gigante. As pessoas estão passando fome. Estão passando necessidades. Vários servidores saíram de suas casas para irem para casa de parentes. Gente que paga um mês água e outro mês paga luz. Nós estamos fazendo uma campanha de arrecadação de cestas básicas e já distribuímos cerca de 400 aos servidores e aposentados da saúde”_, disse Rosália.