Sesap pede que municípios reforcem ações de combate a sífilis

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), por meio do Programa Estadual de IST, AIDS e Hepatites Virais,  enviou aos municípios uma nota de mobilização propondo a intensificação de ações locais de combate à sífilis. A iniciativa tem o intuito de chamar a atenção para a prevenção da doença durante o mês de outubro, quando se comemora o Dia Nacional de Combate à Sífilis – instituído pela Lei nº 13.430, de 31 de março de 2017 – e comemorado no terceiro sábado de outubro de cada ano.

A proposta é que os municípios realizem ações com testes para diagnosticar a sífilis e estímulo ao uso do preservativo. De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil vive uma epidemia de sífilis e o alto número de infectados, principalmente entre adultos jovens, tem preocupado especialistas e gestores da saúde.

Em 2018, no Rio Grande do Norte, foram registrados, no Sistema de Informação de Agravos Notificáveis (SINAN), 1656 casos de sífilis adquirida representando um aumento de 12,2% em comparação com 2017. Também foram notificados, em 2018, 805 casos de sífilis em gestantes e 583 de sífilis congênita revelando um aumento, em relação ao ano de 2017, de 97,3% e 22,5%, respectivamente. De janeiro a junho de 2019, já foram registrados 840 casos de sífilis adquirida, 462 de sífilis em gestante e 292 de sífilis congênita no estado.

A Sífilis é uma infecção bacteriana, causada pelo Treponema pallidum, de caráter sistêmico e curável, que tem como principais vias de transmissão o contato sexual e a transmissão vertical (da mãe para o bebê durante a gestação). Não existe vacina contra a sífilis e a infecção não confere imunidade protetora, isso significa que as pessoas poderão ser reinfectadas se forem expostas novamente. A transmissão pode ser evitada com o uso da camisinha masculina e feminina.