Presidente do Sindiserpum diz que “é imoral o que a governadora Fátima está fazendo”

Sindicalista Marleide Cunha em reunião com professores e professoras

É imoral o que a governadora está fazendo.”

A afirmação não partiu de nenhum adversário da governadora Fátima Bezerra (PT). Foi a correligionária Marleide Cunha (PT), presidente do Sindicato dos Servidores públicos Municipais de Mossoró (SINDISERPUM), que fez duras críticas a postura da governadora na condução da reforma da Previdência estadual.

Ao discursar em reunião de professores e professoras em Mossoró, um dia após o governo negociar com a chamada “elite” do funcionalismo estadual e encaminhar a PEC da reforma da Previdência à Assembleia Legislativa, a sindicalista não escondeu a decepção, nem economizou nas duras críticas:

Um vídeo da reunião, que está circulando nas redes sociais, mostra a indignação e decepção de Marleide com a governadora que ajudou a eleger:

 “Bom dia, pessoal. Olha só, nem nos meus piores pesadelos eu não imaginaria que um governo popular, que nós elegemos, estaria fazendo isso com a nossa classe trabalhadora. O que a governadora Fátima fez foi a gota d’água, porque a governadora sentou com os marajás, aqueles ganham 30 mil, 40 mil reais, e baixou a alíquota da Previdência em 2,5% (de 18,5% para 16%). E aí ela vai tirar da boca dos aposentados, de pessoas que ganham pouco mais de 2 mil 500 reais, que mal dá para comprar os remédios. Isso é um absurdo.”

Marleide foi ainda mais dura, ao acusar a governadora de tentar fragilizar a classe trabalhadora, ao sentar com algumas entidades em separada para negociar a reforma da Previdência:

“Outra coisa imoral: está sentando com sindicatos em separado. Isso é fragilizar a classe trabalhadora. A nossa governadora está fazendo tudo o que nós sempre combatemos. Isso é um fato, é preciso ser dito, é preciso ser encarado, porque a governadora precisa ter sensibilidade para se reconhecer a classe trabalhadora, porque foi da classe trabalhadora que a professora Fátima Bezerra saiu para ser governadora. A gente compreende que a governadora tem as tarefas do Estado, mas a gente também compreende que a classe trabalhadora é a mais massacrada que está.”

Blog do César Santos/Defato.com