Ceará-Mirim: Cadeia dobra os atendimentos em saúde prisional

A Cadeia Pública Dinorá Simas, em Ceará-Mirim, dobrou o número de atendimentos de saúde realizados no mês de dezembro, da média de 300 nos meses anteriores, para mais de 600. E ampliou os exames e testagem dos presos que ingressam no estabelecimento penal. É comum a unidade, que é porta de entrada do sistema prisional da Grande Natal, receber presos doentes, operados e até mesmo cirurgiados por ferimento de arma de fogo.

O diretor da cadeia, Arthur Cavalcanti, assumiu a função em dezembro e realizou uma reestruturação no atendimento médico.  “Alteramos o atendimento dos internos da triagem. Percebemos que muitos presos chegam doentes e machucados devido à captura e, de forma preventiva, reforçamos a avaliação nesse primeiro momento. Hoje, assim que o interno chega na unidade é analisado pela equipe médica, que já toma as medidas cabíveis. É feito uma quarentena antes dele seguir para o pavilhão com os demais internos”, disse.

Além dessa avaliação e acompanhamento dos novos presos, a Cadeia de Ceará-Mirim está realizando testagem para doenças infecto contagiosas e sexualmente transmissíveis como sífilis, HIV e hepatite em toda população carcerária. “Fizemos uma triagem completa nos pavilhões, acompanhando a equipe de saúde prisional, para levar o atendimento médico aos presos com alguma enfermidade, evitando assim que o quadro de saúde se agrave. De outubro para dezembro tivemos um aumento de 112% nos atendimentos”, explicou o policial penal.

A equipe de saúde do estabelecimento prisional é composta por dois médicos, dois enfermeiros, dois assistentes sociais e um técnico de enfermagem. “Esse atendimento será periódico em todos os pavilhões de maneira igualitária, com o fito de proporcionar uma assistência eficaz e mais equânime a todos os internos da cadeia pública”, afirmou. A unidade prisional de Ceará-Mirim abriga atualmente 1.348 pessoas privadas de liberdade.