Mercado: Empresas de tecnologia crescem no RN

ESPECIAL – PARQUE TECNOLÓGICO DO METRÓPOLE DIGITAL DA UFRN – FOTO: ALEX RÉGIS/ TRIBUNA DO NORTE

Em dois anos, o número de empresas de tecnologia no Rio Grande do Norte triplicou. O avanço é resultado do trabalho desenvolvido no Parque Tecnológico Metrópole Digital, criado em agosto de 2017, com o objetivo de desenvolver um polo de Tecnologia da Informação no Estado em paralelo às atividades desenvolvidas no Instituto Metrópole Digital (IMD), em Natal. Desde então, o número de empresas que atuam no desenvolvimento de softwares, prestação de serviços de tecnologia e criação de aplicativos diversos saltou de 15 para 46. Hoje, elas empregam cerca de 700 profissionais que, em alguns casos, exportam produtos e serviços para outros Estados brasileiros e também para outros países.

O principal viés de atuação do Parque Tecnológico Metropóle Digital é atrair empresas de Tecnologia da Informação para a área geográfica próxima ao Instituto Metrópole Digital, onde está sediado. Nele, os potenciais empresários podem apresentar uma ideia que será analisada pela incubadora Inova Metrópole, a maior do Rio Grande do Norte, outro braço de apoio ao IMD e ao Parque Tecnológico em si.

Funcionando de forma similar a uma incubadora neonatal, a Inova Metrópole irá acompanhar o desenvolvimento das empresas incubadas, que hoje são 17, e instruílas da melhor maneira possível para se tornarem um negócio sustentável, gerador de renda e de qualificação profissional. A Inova Metrópole desenvolve programas de pré-incubação, incubação e formação empreendedora.

“Ao invés de bebês, nós temos empresas que acabaram de ser criadas em precisam de estrutura física, tecnológica e também de educação empreendedora, apoio gerencial, que possam culminar no desenvolvimento humano e organizacional”, explica o diretor-geral do Parque Tecnológico, Anderson Paiva Cruz. Ele destaca que, em todo o Rio Grande do Norte, o número de incubadoras cresceu nos últimos anos e, além da Inova Metrópole, outras assumem papel de destaque no setor. Isso faz com que pelo menos 180 empreendimentos em todo o Estado sejam assistidas, de maneiras diversas, por essas incubadoras.

“As empresas se conectam à Academia (ambiente acadêmico) e ao Governo (Municipal e Estadual) através do Parque Tecnológico. A gente conseguiu perceber uma mudança no comportamento dos gestores públicos, que se empenharam em promover a criação do Parque Tecnológico e fomentar o desenvolvimento local. O Parque é um ambiente para gerar renda, educação e emprego”, ressalta Anderson Paiva Cruz. Além da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e do IMD, o Parque Tecnológico tem como parceiros o Sebrae/RN, Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern), Prefeitura do Natal e Governo do Estado.

Futuro

Para o futuro, o Parque vem desenvolvendo estratégias e parcerias para trazer empresas de fora do Estado e, dentre elas, uma que, por seu tamanho e importância, possa funcionar como “âncora”. Anderson Cruz conta que, para isso, está sendo feito uma colaboração com o Sebrae, que deve ajudar nessa captação.

“Para o desenvolvimento de qualquer polo tecnológico, é importante que existam empresas de diversos portes. A empresa âncora atrai clientes, traz visibilidade e gera negócios internamente, pois ela própria demanda serviços de empresas de outros portes. Ganha todo o ecossistema de empreendedorismo e inovação”, explica o diretor.

Outra ação que vem sendo desenvolvida diz respeito à disponibilização, para as empresas que estão ou se interessam em ingressar no Parque, de parcerias com pesquisadores e laboratórios da UFRN para o desenvolvimento de serviços ou produtos da área tecnológica. A atividade é conhecida como “Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I).

Para isso, o Parque vem atuando em duas frentes: em uma delas, fez uma parceria com a Funpec, para que a fundação faça prospecções de empresas que podem se interessar em realizar parcerias de PD&I com o IMD e a UFRN.

Em uma segunda frente, está sendo elaborada uma cartilha que vai relacionar dezenas de ações de pesquisa desenvolvidas na UFRN e que são passíveis de, por meio de convênios, contribuírem para o desenvolvimento de produtos e serviços tecnológicos que possam ser usados por empresas e instituições.

Ricardo Araújo – Editor de Economia

Tribuna do Norte

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