Vigilância Sanitária interdita loja de suplementos e apreende 6 toneladas de produtos no Rio

Deposito funcionava de forma clandestina Foto: Nelson Duarte / Vigilância Sanitária

Em uma ação conjunta com Delegacia do Consumidor (Decon), técnicos da Subsecretaria de Vigilância Sanitária e Controle de Zoonoses do Rio interditaram, nesta quarta-feira (dia 2), uma loja de suplementos e apreenderam seis toneladas de produtos sem procedência e sem licença para a venda, feita também pela internet. 

A loja, que tinha ainda um depósito clandestino, fica na Estrada do Cafundá, 750, no Tanque, Zona Oeste do Rio.

A operação foi em atendimento a ofício do Ministério Público do Rio (MPRJ) para conferir a denúncia de que um produto pirata estaria sendo comercializado — no local e pela internet — como o suplemento alimentar Gold Standart 100% Whey.

A fiscalização resultou na apreensão de cerca de seis toneladas de produtos por falta de alvarás específicos para o funcionamento do negócio. Do total apreendido, a metade não tinha procedência e estava em um depósito clandestino no número 915 da mesma rua, em meio a balanças de precisão, equipamentos para fracionamento, máquina seladora e embalagens para os produtos.

Irregularidades encontradas

A ação envolveu 11 profissionais, sento quatro técnicos da Vigilância e sete policiais civis, entre eles, um perito criminal. A primeira irregularidade identificada foi de que as licenças apresentadas não eram compatíveis com a atividade exercida na loja, que armazenava uma tonelada de produtos sem procedência e outros 800 quilos com rotulagem, mas sem documento para a comercialização.

Além dos problemas no ponto de venda física, a equipe descobriu um depósito clandestino que funcionava na residência do número 915 da mesma rua. No local, havia outras quatro toneladas de produtos em seis cômodos do imóvel que, na frente, tinha um cartaz com a inscrição “Aluga-se quartos”.

“Produtos sem procedência são um grande risco para a saúde do consumidor, em especial, pela falta de rastreabilidade. Caso haja algum problema durante o consumo, não temos como investigar e chegar até o produtor. Por isso, é muito importante que o consumidor sempre observe se o produto tem rótulo com informações pertinentes ao fabricante, distribuidores, a composição e ingredientes como glúten, sal e corantes, que representam riscos à saúde. É muito comum sermos acionados por reações alérgicas e intolerâncias a corantes e outros componentes. E para agirmos, é preciso termos informações da procedência do produto”, explicou a médica-veterinária Aline Borges, coordenadora de Alimentos da Vigilância.

Do Jornal Extra