PB: Governador aceita renúncia e não fala sobre prisão de secretária

O governador da Paraíba, João Azevêdo, aceitou o afastamento temporário da secretária de Administração Livânia Farias e não falou sobre a prisão dela solicitada pelo Ministério Público.Em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (18), o socialista se negou a falar sobre a Operação Calvário e relatou que já se pronunciou por nota oficial.

Azevêdo relatou que a exoneração de Livânia será publicada no Diário Oficial nesta terça-feira (19) e quem deve assumir a pasta é a secretária adjunta Jaqueline Gusmão.

A ex-secretária é um dos alvos da Operação Calvário por, supostamente, receber propina no contrato de gestão do Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa firmado com a Cruz Vermelha do Rio Grande do Sul.

Livânia foi presa no fim da tarde de sábado (16) ao desembarcar no Aeroporto Castro Pinto, em Bayeux, e encontra-se na 6ª Companhia Independente de Polícia Militar, em Cabedelo, Região Metropolitana de João Pessoa.

Parte do texto da nota divulgada pelo governo do estado demonstra surpresa em relação à prisão da ex-secretária. “Causa estranheza que tenham cerceado a liberdade da secretária apesar dela possuir domicílio certo, ter se colocado publicamente à disposição da Justiça ou de quaisquer órgãos de investigação e, principalmente, sem que tenha sido facultada uma única palavra de defesa ao longo de todo o processo investigatório, não obstante a execração pública antecipada”.

Segundo denúncia do Ministério Público da Paraíba, a ordem de arrecadar e distribuir os valores do esquema teria partido de Livânia Maria. Ela teria recebido, entre janeiro e março de 2016, via Leandro Nunes e sob a ordem de Daniel Gomes, gestor da Cruz Vermelha do Rio Grande do Sul, R$ 400 mil. O dinheiro serviu para custear a compra de uma casa na cidade de Sousa que foi sequestrada a pedido do MPPB juntamente com um veículo BMW BX XW S201, pertencente a Livânia e Elvis Rodrigues, seu esposo.

Fonte: OP9