No Brasil, a cada três crianças, uma vive em extrema pobreza

Evento do Núcleo Ciência Pela Infância mostra os diferentes contextos que vivem as crianças de até 6 anos no país. Foto: Divulgação/NCPI

No Nordeste, 28,4% das famílias com crianças de 0 a 6 anos vivem na pobreza. Isso representa 1,5 milhões de crianças vivendo em lares onde a renda não ultrapassa R$ 150. Os dados que escancaram as desigualdades sociais do país foram apresentados no VIII Simpósio Internacional de Desenvolvimento da Primeira Infância, que acontece no estado de São Paulo nos dias 3 e 4 de outubro.

Especialistas das áreas de educação, economia e saúde debateram, com base no conhecimento científico, criação de práticas que promovam o desenvolvimento integral de crianças  nos primeiros anos de vida.

O evento, que é promovido pelo Núcleo Ciência Pela Infância (NCPI), apresentou os diferentes contextos que vivem as crianças nos primeiros anos da vida. Além da pobreza, outros problemas como o racismo e a ausência de serviços básicos de saúde, educação e assistência social tornam o cenário do desenvolvimento infantil um dos principais desafios que devem ser enfrentados através de políticas públicas nas esferas estaduais, municipais e federais.

No Brasil, uma em cada três crianças até os 6 anos está vivendo em extrema pobreza. A desigualdade se acentua com relação ao sexo ou raça. Cerca de 49,4% da população de meninas negras ou pardas vivem em locais sem saneamento básico, enquanto essa percentagem cai para 32,2% para a população infantil de cor branca.

A desigualdade também é percebida quanto a outras restrições, como proteção social que atinge cerca de 16,2% de meninos pretos ou pardos e a falta de moradia, que é maior para meninas negras, alcançando cerca de 28,5% em todo o país.

Diário de Pernambuco