Anvisa libera uso emergencial de segundo coquetel contra a Covid-19

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso emergencial do coquetel de remédios banlanivimabe e etesevimabe contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

A combinação atua para evitar casos graves da infecção pelo coronavírus em adultos e crianças. Os remédios não são recomendados para pessoas que estejam com suporte ventilatório.

Os medicamentos, produzidos pela farmacêutica Eli Lilly, são feitos de anticorpo monoclonal, ou seja, proteínas feitas em laboratório que imitam o sistema imunológico e ajudam o organismo a lutar contra o coronavírus.

Na prática, o banlanivimab e o etesevimab atacam a proteína spike do coronavírus, evitando que o microrganismo invada as células do corpo. Esse é o segundo coquetel aprovado para o tratamento da Covid-19.

Ao votar pela liberação do uso, a diretora da Anvisa Meiruze de Sousa Freitas (foto em destaque) afirmou que a aplicação do medicamento deve ser monitorada clinicamente e os pacientes precisarão ficar em observação por pelo menos uma hora.

Os profissionais do órgão usaram o relatório técnico da agência reguladora americana (FDA) para nortear a avaliação.

A Anvisa recebeu em 30 de março o pedido de uso emergencial dos medicamentos, que foram aprovados para uso emergencial nos Estados Unidos no começo de fevereiro.

Primeiro coquetel

Em abril, a Anvisa aprovou o primeiro coquetel contra a Covid-19. Os medicamentos casirivimabe e imdevimabe foram liberados para o tratamento.

Os estudos mostram que o uso do coquetel reduziu em 70,4% o tempo de internações e o número de mortes em pacientes ambulatoriais sintomáticos.

Segundo o laboratório Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos, a medicação funcionaria como um coquetel de anticorpos.

Primeiro remédio

Em 12 de março, a Anvisa liberou o rendesevir para tratar a Covid-19. O antiviral foi o primeiro medicamento aprovado para uso em pacientes hospitalizados. Ele não é vendido em farmácias.

Com o registro, o rendesevir é administrado via injetável e exclusivamente em hospitais. A medida é para que o paciente seja monitorado. Segundo a agência reguladora, o remédio não cura, mas reduz o tempo de internação.

Fonte: Metrópoles