Setembro Dourado: Uso de muletas na reabilitação da marcha

Cinthia Moreno – Fisioterapeuta Casa Durval Paiva

Foto: Divulgação

Durante o tratamento do câncer alguns pacientes podem ter a necessidade de realizar cirurgia para retirada do tumor. Quando isso ocorre no membro inferior (coxa, perna ou pé), compromete a mobilidade, força muscular e equilíbrio durante a marcha (caminhada).

Dependendo do tempo de repouso e imobilização, os prejuízos funcionais podem ser ainda maiores.

A reabilitação deve iniciar antes da cirurgia e o fisioterapeuta precisa, de preferência, saber qual o tipo de procedimento para ter uma conduta bem direcionada.

No pós-operatório é comum que o paciente necessite de algum dos Meios Auxiliares de Locomoção. Esses recursos podem proporcionar maior mobilidade geral e independência, fornecendo apoio durante o deslocamento. Alguns exemplos de meios auxiliares de locomoção são as bengalas, muletas, andadores e cadeiras de rodas.

É importante que o paciente se familiarize com o recurso e receba as orientações sobre seu uso. Outro fator importante é verificar se o paciente compreendeu as informações. Assim, haverá mais segurança ao iniciar o treino de marcha com o dispositivo adequado.

O ajuste de altura da muleta deve ser feito com o paciente em pé, tomando como referência a altura do quadril e a posição do cotovelo que deve estar levemente flexionado.

As muletas são os Meios Auxiliares de Locomoção mais frequentemente usados para melhorar o equilíbrio e aliviar a descarga de peso total ou parcial em um membro inferior após cirurgias, quando o paciente não pode colocar peso nas pernas.

Elas proporcionam maior estabilidade do que a bengala e melhoram o impulso necessário para a caminhada. O uso de muletas exige força dos membros superiores, por isso é tão importante fortalecê-los precocemente.

O ideal é que sejam utilizadas duas muletas, mas com a evolução, a marcha pode ser realizada com uma só. É fundamental treinar a velocidade da marcha, o comprimento dos passos e também a subida e descida de batente, escada e rampa, afinal de contas, o paciente deve ser estimulado a ficar o mais independente possível e isso inclui a possibilidade de estar em ambientes diferentes com ou sem “obstáculos”.

*Cinthia Moreno – Fisioterapeuta Casa Durval Paiva – CREFITO 83476-F

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