Preço da gasolina chega a R$ 5,99 em Natal após retorno de impostos federais
mar
01
2023
O preço da gasolina voltou a subir e chegou a R$ 5,99, em postos de combustíveis de Natal, após o anúncio do retorno da cobrança de impostos federais sobre combustíveis, que passa a valer nesta quarta-feira (1).
O valor encontrado no início da tarde desta quarta (1) em alguns postos da Zona Sul da capital era cerca de R$ 0,47 maior que o preço médio registrado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveia (ANP) na pesquisa de preços realizada na semana passada.
Na ocasião, o combustível era encontrado custando, em média, R$ 5,52 na capital potiguar. O valor mais caro encontrado pela ANP era de R$ 5,59 – ou seja R$ 0,40 mais barato que o valor desta quarta.
O governo federal anunciou a volta parcial de impostos federais para a gasolina e o etanol nesta terça-feira (28). A volta é parcial porque os impostos não estão sendo retomados no valor integral que tinham anteriormente.
Para a gasolina, o aumento previsto era de R$ 0,47 por litro. No caso do álcool, de R$ 0,02 por litro. Segundo cálculos realizados pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), o preço da gasolina nos postos deve subir cerca de R$ 0,25 por litro.
Isso porque, apesar de uma elevação de R$ 0,47 nos impostos federais, a Petrobras anunciou uma redução no valor do combustível vendido às distribuidoras. Essa redução é de R$ 0,13.
A conta que a Abicom faz leva em conta ainda que a gasolina vendida ao consumidor tem 27% de etanol.
O governo voltou a aplicar a cobrança do PIS e da Cofins, que não eram cobrados desde maio de 2022. Naquela ocasião, o governo anterior, do ex-presidente Jair Bolsonaro, suspendeu a aplicação dos impostos até o fim de dezembro de 2022, com o objetivo de baixar os preços dos combustíveis.
O governo do presidente Lula assinou em janeiro uma medida provisória prorrogando a desoneração dos combustíveis. No caso da gasolina e do álcool, essa prorrogação valia até esta terça-feira (28).
Com isso, se o governo não editasse a medida provisória, os valores seriam retomados integralmente. A reoneração parcial foi uma solução de meio termo encontrada entre a ala política e a ala econômica do governo.
A ala política não queria o impacto de aumento de preços de combustíveis para o consumidor. A ala econômica entende que o governo não pode abrir mão por mais tempo da arrecadação proveniente dos impostos sobre gasolina e etanol.