Governo do RN inicia posse de 577 novos servidores para socioeducação

São agentes socioeducativos, técnicos de nível médio e superior, analistas socioeducativos (psicólogos, assistentes sociais e pedagogos) e analistas administrativos (contador e analista de sistemas)

Após 25 anos sem concurso público, o governo do Rio Grande do Norte iniciou, nesta terça-feira (11), a assinatura dos termos de posse dos 577 candidatos aprovados no certame para cargos efetivos da Fundação de Atendimento Socioeducativo do Rio Grande do Norte (Fundase/RN).

São agentes socioeducativos, técnicos de nível médio e superior, analistas socioeducativos (psicólogos, assistentes sociais e pedagogos) e analistas administrativos (contador e analista de sistemas). Eles vão atuar na sede da instituição e nas dez unidades de atendimento nas cidades de Natal, Parnamirim, Caicó e Mossoró.

A Fundase é responsável pela execução das medidas socioeducativas em meio fechado aplicadas aos adolescentes que cometeram atos infracionais.

Uma cerimônia de boas-vindas foi realizada nesta tarde para celebrar a chegada dos novos servidores. Os nomeados, que estão com o processo de implantação incompleto, poderão tomar posse em 30 dias (prazo prorrogável por igual período, a pedido) contados a partir da nomeação.

A governadora Fátima Bezerra destacou, na presença de outras autoridades, que o momento é especial não só para a vida de cada novo servidor, como também para o Estado: “Cuidar da juventude é um dos mais belos compromissos. A missão de vocês é muito nobre, muito singular. Do cuidado de vocês depende a garantia de dignidade e cidadania aos jovens que precisam do sistema socioeducativo. Nesses tempos de tanta violência, vocês têm noção do trabalho que cabe a vocês”, disse a gestora.

Além do reforço de pessoal para o trabalho, as contratações cumprem etapa fundamental de um acordo entre governo e Ministério Público do Rio Grande do Norte para conclusão do processo que culminou na intervenção judicial, entre 2014 e 2018 na então Fundac. A fase foi lembrada pela governadora como dramática, em que o Estado precisou reconhecer que não conseguia administrar o setor. “Não foi fácil superar toda essa história.”

O promotor de justiça Marcus Aurélio de Freitas Barros, que acompanhou todo o processo de intervenção, se emocionou ao constatar que a Fundase conseguiu se reestruturar e pode se tornar referência nacional no atendimento socioeducativo a partir de uma nova fase.

“Não chegaríamos nesse dia se não tivéssemos um governo com sensibilidade, que reconhece o valor de um trabalho com adolescentes em grande vulnerabilidade social. Quando veio a lei do Sinase, a Fundação não conseguiu suportar as responsabilidades. Foram várias mãos que executaram muitas tarefas e atividades para chegar até aqui.

A Fundase precisa muito mais que técnicos, analistas… precisa de pessoas que percebam como podem, no exercício de suas funções, transformar a vida de outras pessoas”, destacou o promotor.