Fila de transplantes no Rio Grande do Norte tem 834 pessoas
abr
10
2022
O Rio Grande do Norte tem 834 pessoas na fila por um transplante de medula óssea, córnea, rim ou coração. Há duas semanas, o Estado deu um importante passo neste tipo de procedimento com a retomada do transplante cardíaco, cirurgia que não acontecia há 10 anos nas unidades potiguares.
De outubro de 2021 para cá, mais 58 pessoas entraram na fila por um transplante no RN. O mais comum é o de córnea com 490 pacientes aguardando doador, seguido por rim (270 pessoas), medula óssea (70) e coração (4). Os são da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap) e Ministério da Saúde.
Todos os pacientes são cadastrados no Sistema Nacional de Transplantes (SNT), que é um banco de doações gerido pelo MS. A Sesap reforça que a redução da fila depende exclusivamente das doações, que precisam ser autorizadas pelos familiares do doador.
Anualmente, nos meses de setembro, os governos federal e estadual promovem campanha de sensibilização e conscientização sobre a importância o cadastro no banco nacional de doadores. O Estado tem uma taxa de recusa de 75% a 85% nos casos potenciais de doação, devido a negativa de familiares, conta o médico Luiz Roberto Fonseca.
“É preciso que haja esse envolvimento social. Sem o doador não há transplante. É importante também destacar que as famílias passam por momentos difíceis, mas através da informação a gente pode fazer esse trabalho de sensibilização. Doar é um ato de empatia, de fraternidade, de amor extremo. É nesse momento de maior dificuldade, que essa dor de perder um familiar pode propiciar a vida através de um transplante para essa pessoa que precisa de um rim, uma córnea, um fígado ou de um coração”, destaca o profissional, que é diretor do Hospital Rio Grande.