Em 10 meses, encher o tanque fica 35,5% mais caro no RN

Quarta Feira, 13 de Outubro de 2021/Natal/ Aumento do preço dos combustivel Posto na rota do sol Repórter Bruno Vital Foto.Magnus Nascimento

Com o litro da gasolina comum beirando os R$ 7 no Rio Grande do Norte, abastecer hoje nos postos potiguares ficou 35,5% mais caro em comparação com janeiro deste ano, considerando os valores médios divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

No primeiro mês deste ano, para encher um tanque de 55 litros, o motorista desembolsava R$ 270,82, com o litro custando em média R$ 4,924. Atualmente, com o preço médio por litro em R$ 6,675, a mesma quantidade do combustível está custando R$ 367,12.

No entanto, na capital, nessa quarta-feira (13), a reportagem da TRIBUNA DO NORTE já encontrou o litro da gasolina sendo vendido por até R$ 6,999 na Rota do Sol e em postos da zona Sul de Natal. O valor já é R$ 0,324 mais caro do que o preço médio do combustível levantado pela ANP entre 3 e 9 de outubro.

Também na Rota do Sol, a gasolina aditivada já está custando R$ 7,149 o litro. Na Avenida Prudente de Morais, nas proximidades da Arena das Dunas, a gasolina comum e a aditivada são vendidas pelo mesmo preço: R$ 6,990. O litro mais barato encontrado pela reportagem da TN foi na Rua São João de Deus, no bairro das Rocas, zona Leste de Natal, onde o combustível ainda é vendido por R$ 6,47. Na Zona Norte da capital também foram identificados preços mais em conta para a gasolina comum: R$ 6,640 na Avenida João Medeiros Filho e R$ 6,63 no Carrefour Norte.

O aumento é reflexo de um novo reajuste de 7,2% nos produtos derivados do petróleo vendidos às refinarias pela Petrobras, que entrou em vigor no último sábado (9). Em nota enviada à imprensa, a estatal destacou que é o primeiro aumento em menos de dois meses. De acordo com a Petrobras, o litro da gasolina vendida por suas refinarias passou de R$ 2,78 para R$ 2,98, um reajuste médio de R$ 0,20 por litro.  

Para o economista Janduir Nóbrega, a tendência é de que novos reajustes sejam registrados até o fim do ano devido a política de preços da empresa, que é alinhada às variações do mercado internacional. 

A projeção é feita com base nas flutuações do câmbio e no preço do barril de petróleo, que está cotado em US$ 83,58. Em um mês, o preço do barril, que é um dos principais termômetros do preço da gasolina, variou 13,6%, de acordo com operadores de mercado. “Há uma tendência muito forte [do barril] chegar a US$ 90 daqui para o final do ano. Não tem nenhuma perspectiva de que o mercado internacional reverta isso. Pelo menos no curtíssimo prazo.

Deve acontecer pelo menos mais uns três aumentos daqui para o final do ano, isso é muito fácil de acontecer dada a balada que está a situação internacional do mercado como um todo e as variáveis que ainda vão interferir a partir da inserção do inverno europeu, asiático e americano”, explica o economista.

Fonte: Tribuna do Norte