Acusado de crime de repercussão em Poço Branco será submetido a novo júri popular

Um crime que causou repercussão no município de Poço Branco, em setembro de 2002, voltou a ser julgado pela Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do RN, a qual deu provimento ao recurso interposto por Hélio Marinho de Carvalho, para anular a decisão do Conselho de Sentença, com o fim de submeter o acusado a novo julgamento.

Sessão do júri popular realizada em novembro de 2018 na comarca de Poço Branco condenou Hélio Marinho a 13 anos e 4 meses de reclusão pela prática dos crimes de homicídio e roubo.

A decisão da Câmara Criminal se relaciona a uma Apelação Criminal movida pela defesa, que argumentou, dentre outros pontos, que as provas trazidas aos autos não correspondem ao que foi decidido.

O réu foi denunciado junto a mais dois irmãos, os quais, supostamente, foram responsáveis pelo homicídio de outro homem, apontado como principal suspeito na morte de um irmão dos três envolvidos.

Denúncia

Segundo o Ministério Público Estadual, os denunciados Hélio Marinho, José Carlos Marinho e Alzir Januário de Carvalho Júnior, portando ilegalmente armas de grosso calibre, invadiram a Delegacia de Polícia e, após render o policial de plantão, teriam praticado o homicídio de Almir Bezerra da Silva.

Durante o inquérito policial restou apurado de que no dia 1° de maio de 2002, na cidade de Nísia Floresta, a vítima Almir Bezerra da Silva matara Estefânio, irmãos dos acusados. Após a prática do delito, a vítima permaneceu foragida, tendo se entregado à Justiça de Poço Branco em razão de temer vingança por parte da família de Estefânio, caso se entregasse na cidade de Nísia Floresta.

Segundo a Denúncia, no dia 8 de setembro de 2002, os acusados Hélio Marinho, José Carlos Marinho e Alzir Januário Júnior, todos vestindo meia finas na cabeça invadiram a Delegacia da de Poço Branco DP e retiraram o preso da cela para o suposto cometimento do crime. A data para o novo conselho de sentença será determinado.

(Apelação Criminal nº 2018.012215-0)