Para onde irão os prefeitos de interior em 2018

Tem gente que acha besteira, só vendo importância nas movimentações políticas das cidades maiores e mais urbanizadas. Um preconceito fincado por uma leitura anacrônica de Victor Nunes Leal “Coronelixmo, enxada e voto”.

Mas é importante prestar atenção na movimentação dos prefeitos de interior. Eles estão em dificuldades e desejosos por ajuda do governo federal, além da bancada federal dos seus estados.

Uma forma da união se relacionar com os municípios que criou muito ressentimento entre eles foi a maneira como o PT concentrou a arrecadação, fez políticas sociais sem passar pelas máquinas municipais e os deixou ainda mais de pires na mão. Enquanto Lula estava bem avaliado, o prefeito era “obrigado” a votar com o então presidente. Depois que a crise veio com Dilma, a prefeitada se rebelou com final conhecido.

A pressão das lideranças comandando prefeituras, alicerçadas nesse ressentimento, em favor do impeachment de Dilma ainda está para ser escrita.

Estou curioso para saber como eles irão se comportar em 2018 em torno do governo Michel Temer e seus aliados diante do processo sucessório.

Daniel Menezes/O Potiguar