RN registra aumento nos casos de picadas de escorpião e médico esclarece cuidados

O período do verão – entre dezembro e março – têm essa variação de clima úmido e quente, o que é ideal para o aparecimento de escorpiões.

Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap), em 2018, o estado contabilizou 4.711 casos.

O médico clínico geral do Hapvida, Geraldo Pinheiro, alerta para a incidência nessa época e explica que todo escorpião é venenoso. ‘‘O que difere esses animais é a toxidade do veneno, existem cerca de 150 espécies conhecidas no Brasil. Esse veneno provoca um desequilíbrio no nosso sistema nervoso periférico  e no nosso sistema nervoso autônomo’’.

Nesses casos, é fundamental que a pessoa procure com urgência uma assistência médica de algum hospital quando for picado por um  escorpião. ‘‘ Mesmo que a pessoa ache que o acidente foi leve e que não esteja doendo na hora, é preciso procurar um médico para avaliar o caso’’, esclarece o clínico geral.

Ainda de acordo com os registros da Sesap, todos os municípios do Rio Grande do Norte registraram incidentes causados por este tipo de animal ao longo dos últimos três anos. Esses dados revelam que a taxa média é de 100 pessoas picadas por escorpiões por grupo de 100 mil habitantes – uma das mais altas do país.

‘‘A picada deve receber ainda mais atenção quando forem crianças abaixo de 12 anos e idosos. A maioria dos óbitos por acidente com escorpião acontece nesses dois grupos pelo peso e comorbidades’’, enfatiza Geraldo Pinheiro.

A maioria dos casos de picadas por escorpião é leve e tratada nas unidades básicas de saúde com analgésicos para conter os sintomas relacionados a picada. Por isso ‘‘toda vermelhidão e inchaço no local, merecem atenção’’, destaca o médico.