Natal: Prefeitura chega a atrasar seis meses de gratificação de servidores

A Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social da Câmara Municipal de Natal realizou uma reunião para debater a ausência do pagamento das gratificações aos servidores da rede de saúde do Município chamados no último concurso. Os atrasos das gratificações chegam a seis meses. Na ocasião, representantes da Prefeitura prestaram esclarecimentos, enquanto os trabalhadores que participaram do encontro relataram diante do colegiado as dificuldades enfrentadas.

O vereador Cícero Martins (PSL) cobrou do Executivo o que ficou estabelecido no edital do concurso público de 2018. “Há disparidade entre o salário base e as gratificações que constavam no certame. Convocamos a equipe da Prefeitura para explicar a razão dos profissionais convocados não estarem recebendo o complemento dos seus vencimentos, essencial para o sustento de suas famílias. Esse tipo de coisa mostra falta de prioridade da Administração Municipal com serviços públicos essenciais. Portanto, a Comissão está aqui para cumprir sua missão de lutar por benefícios para a saúde da população”.

Por sua vez, o vereador Preto Aquino (Patriota) falou que, diante da falta de pagamento, médicos estão deixando o quadro do Município para retornar às cooperativas. “Isso acontece porque na cooperativa eles ganham mais e em dia. Ora, basta saber que 364 médicos foram convocados, mas apenas 100 tomaram posse. Então, se o problema não for resolvido, ninguém vai querer ser médico da rede municipal e quem vai perder é o povo”, explicou o parlamentar.

“Em tempo: quero dizer aos servidores que ninguém vai sofrer qualquer punição por reivindicar seus direitos. Também não existe estágio probatório; todos são servidores públicos efetivos e merecem todo nosso respeito”, pontuou o secretário de Saúde de Natal, George Antunes. “Não posso prometer soluções mágicas e criar expectativas que podem não se concretizar. Temos duas opções objetivas: buscar o dinheiro que o Governo do Estado deve ao Município e lutar por recursos no Governo Federal”, propôs.

Ao fazer uso da palavra, Carlos Morais, secretário-adjunto de Administração (Semad), afirmou que a Prefeitura não tem receita no momento para quitar os compromissos atrasados com os trabalhadores. “Precisamos lembrar que o processo seletivo foi realizado através de TAC (Termo de Ajustamento de Conduta). Foram 1.647 funcionários contratados e isso gerou um forte impacto financeiro nas contas da Prefeitura. Mas estamos trabalhando de maneira incansável para oferecer uma resposta positiva o quanto antes”.

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