Facisa propõe atividades para o Dia da Paralisia Cerebral

A paralisia cerebral é causada pelo desenvolvimento anormal ou por lesões nas partes do cérebro que controlam o movimento, equilíbrio e postura. Normalmente detectada no início da infância, os sintomas mais comuns são má coordenação motora, rigidez muscular, fraqueza muscular e tremores.

Além disso, pode haver também dificuldades de visão, audição, deglutição e fala. E é como forma de conscientização da paralisia cerebral que a Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi (Facisa/UFRN) promove atividades para a inclusão de crianças com a deficiência no dia 6 de outubro, das 16h às 18h, no Alto da Santa Rita de Cássia, em Santa Cruz. 

O dia 6 de outubro é mundialmente conhecido pelo movimento de conscientização sobre a paralisia cerebral, que afeta mais de 17 milhões de pessoas no mundo. Neste ano, mais de 64 países estarão unidos em torno do Dia Mundial da Paralisia Cerebral, data que foi instituída por pessoas com essa condição, familiares e organizações que lhes oferecem suporte em todo o mundo. 

Através do slogan Estamos Aqui, os países buscam dar visibilidade às pessoas com paralisia cerebral, lutando pelos seus direitos e pela conquista de espaço na sociedade. No Brasil, o movimento é coordenado por diversas ONGs, como a Nossa Casa, primeira plataforma nacional destinada a traduzir o conhecimento científico sobre a paralisia cerebral e o AVC infantil, ofertando informação de qualidade e acessível a todos. 

Por sua vez, a Faculdade de Ciências da Saúde da UFRN, para dar mais adesão e apoio à causa, organiza as oficinas de brincadeira neste ano. O intuito é promover a inclusão de crianças com deficiência com apoio e participação de crianças sem a paralisia. Além das atividades lúdicas, vai ocorrer a exposição do pôster educativo Minhas Palavras Favoritas (F-Words) para os familiares e crianças, com o objetivo de difundir de uma maneira fácil e divertida o modelo da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) da OMS.

Docentes e discentes da graduação da Facisa vão participar do evento como voluntários, assim como a classe acadêmica dos programas de residência do Hospital Ana Bezerra e dos mestrados em Saúde Coletiva e Ciências da Reabilitação. A iniciativa busca sensibilizar a comunidade em relação à principal causa de deficiência na infância e oferecer à comunidade um espaço lúdico no qual crianças com e sem deficiência possam participar das mesmas atividades.

A professora coordenadora da iniciativa, Egmar Longo, explica que é o primeiro ano das atividades e que a ideia surgiu por meio de um recente Congresso sobre Paralisia Cerebral, do qual participou na Califórnia (EUA), em que foram discutidas estratégias do que pode ser feito para a contribuição do desenvolvimento de pessoas com a paralisia. 

Segundo Egmar, o objetivo é “colocar a criança fora do contexto clínico, oferecendo um ambiente de lazer em ambientes não segregados”. Ao dar visibilidade à deficiência infantil, a comunidade acadêmica e a local passam a trabalhar em conjunto para a inclusão de uma população vulnerável. 

Para participar, não é necessário inscrição. E para as famílias com crianças com paralisia cerebral de Santa Cruz que precisem de transporte para o Alto da Santa Rita de Cássia, a Prefeitura de Santa Cruz vai estar disponibilizando um veículo adaptado para cadeira de rodas, às 15h, no Centro Especializado em Reabilitação (CER) da cidade. O transporte vai ficar responsável por levar e trazer de volta as crianças e seus responsáveis.