Estado do RN investe na Rede de Cuidados à Saúde da Pessoa com Deficiência

Com apenas 21 semanas de gestação, Michelle Cristina sentiu fortes contrações e precisou ser levada com urgência ao hospital. Após sete dias internada, ela entrou em trabalho de parto e em 20 de abril daria luz à Thamyres. Apesar de ter nascido prematura, a pequena não precisou ser levada à UTI Neonatal da Maternidade Januário Cicco. Mas, infelizmente, o susto não ficou para trás.

Após o parto, os médicos identificaram que a bebê possuía uma má formação congênita que não foi identificada durante o pré-natal. Thamyres tinha pé torto congênito, os tendões que conectavam os músculos da perna aos ossos dos pés eram curtos, o que faziam o seu pé direito virar para dentro.

Apesar das dificuldades, logo após sair da maternidade, Michelle levou sua bebê ao CRI/CRA, um dos nove Centros Especializados em Reabilitação existentes no Estado, para iniciar o tratamento. Primeiro, os médicos engessaram o pé direito da menina, foram cinco trocas de gesso, uma por semana.

Todas as terças-feiras, a família retirava o gesso e no mesmo dia seguia ao local para refazer a colocação do produto que, aos poucos, ia moldando o pé da criança. Após essa etapa, no dia 17 de julho, Thamyres realizou uma cirurgia corretiva. Mas o tratamento ainda não acabou, atualmente, ela usa uma bota ortopédica, que será mantida por mais alguns meses.

“Não dá para explicar o sentimento que tenho. Achei que não seria possível minha filha poder correr, pular e brincar como qualquer outra criança, mas com o tratamento isso tudo será possível. Esse atendimento foi essencial para que ela tenha uma vida saudável, achamos tudo tão organizado, nossas dúvidas foram tiradas logo quando procuramos ajuda e as médicas que nos assistiram foram excelentes”, destacou Michelle Cristina.