Empresas investigadas receberam mais de R$ 7 milhões da Prefeitura de Parnamirim

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As empresas Fgtech e EIP iluminação receberam aproximadamente R$ 7.688.992,27 da Prefeitura de Parnamirim, os contratos com o Executivo estão sendo investigados pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN). A Promotoria da cidade suspeita de fracionamento indevido de licitação, quando duas ou mais empresas prestam serviços similares. 

Segundo o Portal da Transparência cerca de R$ 1.611.649,83 foi pago a Fgtech entre janeiro e dezembro de 2019 e R$ 6.077.342,44 foram destinados a EIP Iluminação. Ambas foram investigadas na Operação Cidade Luz em Natal, a Fgtech está proibida de realizar contratos na capital. 

Uma reportagem do Potiguar Notícias revelou a proximidade entre sócios das empresas com investigados na operação “Curto Circuito”, desdobramento das investigações em Parnamirim. De acordo com o Ministério Público, a Prefeitura de Parnamirim foi provocada a dar esclarecimentos.

“Estamos analisando a documentação, caso apresente alguma irregularidade daremos continuidade as investigações, se tudo estiver normal arquivaremos”, explica a promotora Juliana Limeira. 

O Executivo municipal alega que as contratações obedecem à serviços diferentes, o secretário  de serviços urbanos, Charles Quadros, disse anteriormente que o processo de contratação da Fgtech foi acompanhado pelo Ministério Público.  

Segundo a promotora Juliana, o órgão  não acompanha processos licitatórios. “Nós não sabemos o que acontece na Prefeitura”, comentou. O secretário Charles confirmou que o contrato com a Fgtech foi prorrogado até outubro deste ano.

O valor da renovação permanece o mesmo, R$ 1.913.990,04 pelo fornecimento de materiais, mão-de-obra especializada e modernização do sistema público de iluminação e iluminação decorativas. Desde 2017 o Ministério Público apura contratos entre alguns municípios e empresas de engenharia elétrica.  

Em Parnamirim os réus da operação “Curto Circuito”, deflagrada em 2018, estão prestes a serem julgados, entre eles o ex-secretário de serviços urbanos, Naur Ferreira e o empresário pernambucano Maurício Ricardo Guerra, dono da Enertec, empresa pernambucana no epicentro das investigações.

Potiguar Notícias