Alunos do SESI no RN desenvolvem app para reduzir tempo de chegada dos bombeiros
fev
13
2020
Cinco alunos de robótica da unidade do SESI de Mossoró (RN) desenvolveram um
aplicativo para smartphones e computadores para reduzir o tempo de chegada do
Corpo de Bombeiros ao local da ocorrência. O app “Boitatá” foi criado pela
equipe Monxorós, que disputará a etapa nacional do Torneio SESI de Robótica da
FIRST Lego League (FLL), no início de março, em São Paulo.
A ideia, segundo a equipe, é facilitar o trabalho de bombeiros e bombeiras.
Com o aplicativo, o morador vai poder comunicar a situação de emergência para a
central mais próxima, mostrando a geolocalização exata. “O bombeiro recebe o
chamado já identificando o que é, se é enxame, se é incêndio, por exemplo, e
recebe a localização real da pessoa, chegando mais rapidamente onde a pessoa
está”, explica o técnico da equipe “Monxorós”, Leonardo Garcia.
Ainda em fase de testes, o Boitatá permitirá o cadastro de civis e
bombeiros. Os civis, que são a população em geral, serão responsáveis pelas
demandas que os bombeiros receberão. As ocorrências serão feitas pelo próprio
celular e os bombeiros serão cadastrados pela central em que trabalham,
recebendo os chamados pelo computador.
“O trabalho já foi testado com a corporação local e foi altamente elogiado”,
orgulha-se Leonardo. O Boitatá foi utilizado inicialmente em celulares com o
sistema operacional Android, mas já está sendo testado em aparelhos com IOS.
Para os bombeiros, funcionará pelo computador.
A próxima etapa do app é tornar as demandas cada vez mais específicas. “Como
ainda não temos acesso a sensores de altitude, temos uma caixa de texto para
que o usuário consiga digitar o andar em que se encontra, caso esteja em um
prédio. Tudo isso é baseado em estudos, mostrando que pessoas morreram devido
ao curto tempo que o bombeiro tinha para encontrar o andar”, comenta o aluno
Paulo Victor Barbosa dos Santos, de 16 anos, que garante que essa função trará
mais agilidade às corporações.
A funcionalidade para detalhar o local do acidente de forma precisa está em
desenvolvimento principalmente após estudos de casos famosos entrarem na lista
de pesquisa dos alunos. Um dos mais recentes, envolvendo um incêndio fatal, é o
dos jovens do centro de treinamento do Ninho do Urubu, do Clube de Regatas do
Flamengo. Em fevereiro do ano passado, 10 jogadores da base, com idades entre
14 e 16 anos, morreram após um suposto curto-circuito no ar-condicionado do
alojamento, localizado na cidade do Rio de Janeiro. Além das vítimas fatais,
outros três adolescentes ficaram feridos.
“Nesse caso, os bombeiros demoraram cerca de 15 minutos para chegar ao
local. Nesse episódio, como as crianças não sabiam que tinham que chamar os
bombeiros imediatamente e só o fizeram depois de muitos já terem desmaiado, a
gente baseia que o horário ideal para o salvamento é entre oito e 10 minutos,
mas varia muito de caso para caso”, comenta Paulo Victor. “A função do
app é reduzir o tempo de chegada dos bombeiros ao local”, resume o estudante.
Assis Silva
Jornalista – DRT 1652 – Começou na imprensa local através do jornal A Cidade, foi redator-noticiarista das rádios Baixa verde AM. Líder FM e TOP FM, editor e redator de vários jornais regionais e locais ao longo de 30 anos de profissão. Em 2007 criou o 1º blog da região campeão em acessos diários. Fone para contato: 84 9 9610 - 9977