117 agentes de segurança pública foram mortos no RN em oito anos

A letalidade envolvendo forças de segurança pública no país traz consequências para todos os lados. No Rio Grande do Norte, a situação não é diferente. Entre 1° de janeiro e 22 de novembro de 2011 a 2019, 117 agentes de segurança pública foram mortos no Rio Grande do Norte e 761 pessoas foram mortas por intervenção policial. Os dados são de um estudo disponibilizado nesta semana pelo Observatório da Violência (OBVIO).

O levantamento aponta que policiais militares da ativa predominaram na vitimização de agentes de segurança no estado e que homens jovens negros lideraram o ranking de letalidade policial no território potiguar, dentro do período mapeado. Esse cenário é apresentado em números por uma publicação divulgada recentemente pelo Obvio, entidade que realiza um mapeamento da violência homicida no Rio Grande do Norte desde 2012.

O estudo “Violência e letalidade policial Obvium”, de 43 páginas, apresenta um quadro da violência tanto provocada quanto a sofrida por operadores de segurança pública, desde 1° de janeiro de 2011 até 21 de novembro de 2019. O levantamento mostra que 117 agentes de segurança pública foram mortos no estado potiguar neste período.

Segundo a publicação, que surgiu também de uma demanda formal do Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial do Ministério Público do Rio Grande do Norte, com o qual o Obvio possui convênio, foram dois casos no primeiro ano e 17 no segundo. Já entre 2013 e 2016, foram dez ocorrências em cada ano; e outros 21 registros em 2017, 26 em 2018 e 11 em 2019. O mapeamento mostra que com um percentual de 54%, a maioria dos mortos era do quadro de ativos da Polícia Militar, totalizando 63 casos. O número é seguido de 26 PMs aposentados mortos (22%) e nove policiais civis (8%).

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