Pandemia afunda setor produtivo potiguar e eleva o desemprego

Depois de registrar o maior aumento em dez anos no número de empresas abertas em 2019, o Rio Grande do Norte teve queda de 55% nos pedidos de abertura e já sente os primeiros impactos econômicos da crise sanitária causada pela Covid-19, segundo a Junta Comercial do estado (Jucern). Em abril de 2019 foram 640 pedidos, enquanto o mesmo período de 2020 registrou 285. Já no mês de março, quando a pandemia chegou ao Rio Grande do Norte, a queda foi menor: 580 em 2019, e 527 neste ano.

O presidente da Jucern, Carlos Augusto Maia, destaca que o Estado “vem de um período de recuperação e que agora está sendo afetado pelo momento atípico que vivemos” e reforça que “a Jucern está se adaptando ao momento de isolamento social, priorizando os serviços digitais e a desburocratização de procedimentos para apoiar o nosso empreendedor”.

O Rio Grande do Norte teve queda também nos pedidos de fechamento de empresas, mas Natal, Mossoró e Parnamirim foram à contramão do resultado estadual e apresentaram crescimento.

Na capital, os pedidos de encerramento passaram de 136 para 179 (31%) no comparativo anual (2019-2020) de março. Em Mossoró foi de 15% e Parnamirim, 5%.

O setor industrial também vem sofrendo impactos com as medidas de isolamento social adotadas em todo o país com o intuito de evitar o contágio do novo coronavírus, de acordo com a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (Fiern).

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) no estado passou de 58,6 para 30,3 pontos na passagem de março para abril de 2020, mostrando falta de confiança dos empresários potiguares (valores abaixo de 50 pontos indicam falta de confiança), interrompendo a trajetória de avaliações positivas (indicadores acima de 50 pontos), que vinha sendo observada por vinte meses consecutivos.

Com essa queda acentuada, o índice atinge o nível mais baixo de toda a série histórica mensal, iniciada em janeiro de 2010.

Agora RN