No Brasil, ser jovem e negro aumenta em quase 3 vezes o risco de ser assassinado

Um jovem negro corre 2,7 vezes mais riscos de vir a ser vítima de homicídio do que uma pessoa branca da mesma faixa etária no Brasil. Esse dado foi verificado em 24 unidades federativas do País e foi revelado em relatório divulgado nesta segunda-feira (11) pela Unesco, o órgão para a Educação, Ciência e Cultura da Organização das Nações Unidas (ONU).

O levantamento inédito, que reúne dados da Secretaria Nacional de Juventude e contou com apoio do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, aponta ainda que as chances de assassinato são 2,19 maiores para as mulheres negras com idades entre 15 e 29 anos, do que para suas amigas de cor branca no Brasil .

De acordo com a Unesco, esse risco maior de homicídios para os jovens negros só não foi verificado em três estados brasileiros: o Paraná, onde a taxa de mortalidade de jovens brancos é superior àquela registrada entre os jovens negros; o Tocantins, onde o risco é bastante próximo; e em Roraima, onde não foi possível realizar o cálculo uma vez que o estado não registrou morte de nenhum jovem branco no período.
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