Feriados prolongados deveriam ser banidos, dizem empresários

Os feriados prolongados podem ser bons para muita gente, mas é péssimo para a economia, especialmente o comércio e a indústria, que continuam pagando água, luz e funcionários nesses dias, sem faturar ou produzir.

A Federação do Comércio de São Paulo estima que, em 2020, com os feriados prolongados, o varejo e as indústria deixarão de faturar R$ 11,8 bilhões – o que terá reflexos sobre a criação de postos de trabalho.

Para o atual presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Natal, José Lucena, os feriados prolongados têm um lado ainda mais perverso ao atingir especialmente o comércio de rua, que teoricamente precisa mais de faturamento.

“Os shoppings ainda têm as praças de alimentação, que se beneficiam desses dias, mas o resto do comércio, não”, argumenta. Para o ex-presidente da Câmara de Diretores Lojistas de Natal Augusto Vaz, essa é uma situação insustentável para um país que projete crescer.

Nos últimos anos, uma das nossas lutas tem buscado evitar, no âmbito da Câmara Municipal, a criação de novos feriados e, pelo menos por enquanto, os vereadores têm sido sensíveis a essa proposta”, diz.

Para o presidente da Federação da Agricultura do RN, José Vieira, feriados prolongados não são bons na capital e no interior. “O que dizer das cidadezinhas do interior, que precisariam ainda mais do faturamento normal, mas são privadas dele?”. E acrescenta: “Por mim, tirando um ou outro mais importante, o resto desses feriados deveria ser simbólico e constar apenas no papel, sem qualquer efeito prático”, opina.

Para o empresário Caio Fernandes, que há décadas atua no setor imobiliário de Natal, feriado prolongado ou qualquer feriado são sinônimo da mesma coisa: prejuízo. “Não entra na minha cabeça que um país que precisa crescer como o nosso ainda tenha a quantidade de feriados que temos”, dispara. Para o presidente da Federação do Comércio do RN, Marcelo Queiroz, as perdas com feriados são significativas. “Não temos, ainda, um levantamento detalhado destas para o RN”, acrescenta.

Jornal Agora RN