Covid-19: Transferência de pacientes demora em média 10 horas no RN

Ambulância do Samu Natal — Foto: Luis Gustavo/Inter TV Cabugi

A transferência de pacientes de uma unidade de saúde para outra tem demorado em média 9h56 no Rio Grande do Norte. Os dados constam na plataforma Regula RN, que monitora em tempo real a situação dos leitos no estado. A consulta foi realizada às 16h.

A plataforma indica ainda que 33 pacientes aguardam transporte para unidades de saúde em todo o estado nesta terça-feira (23). De acordo com o Regula RN, 86 pacientes no RN estão na lista de espera por leitos.

Atualmente, o Serviço de Atendimento Médico de Urgência do RN (Samu RN) opera com 26 ambulâncias básicas e 8 de Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs), segundo explicou a coordenadora Wilma Dantas. No que compete às transferências que entram no sistema do Samu RN, a coordenadora afirma que elas têm sido cumpridas.

“A regulação é feita em outro sistema, no sistema de regulação, que é quem monitora esses número de pacientes em aguardo. É ele quem fornece as vagas. E nós fazemos as transferências. E temos conseguido fazê-las. Hoje, por exemplo, deixamos a tela de pedidos em branco”, explicou.

A coordenadora disse ainda que nesta semana, novas ambulâncias contratadas pelo Estado devem começar a circular.

O Samu RN cobre parte do estado. A outras operações são do Samu Natal e de Mossoró. Na capital potiguar, de acordo com o coordenador Cláudio Macedo, atualmente tem circulado 9 unidades básicas do Samu, 3 de transporte sanitário e mais 6 que foram contratadas em função da pandemia – essas ficam dedicadas às UPAs e ao Hospital dos Pescadores. As unidades avançadas são 4. “Essas são as que fazem transportes intermunicipais”, explica.

“A gente tem conseguido fazer as transferências. Acho que Natal se preparou bem para a situação. Com o que nós mais temos dificuldades é quando se trata de transferências para leitos de UTIs. Mas não se passam mais de 12 horas”, falou Cláudio.

Segundo o coordenador, no início as operações foram mais difíceis por conta da falta de leitos, mas desde a abertura do Hospital de Campanha de Natal que as transferências tem conseguido ser concretizadas. “Apesar de lotadas algumas unidades, o trabalho está sendo feito em Natal. Tanto que há várias regulações do interior do estado para a capital”.

G1 RN