O vencedor deste Carnaval — em desfiles de escolas e blocos — foi Jair Bolsonaro. Sim, o presidente da República que, com apenas um ano de mandato, se tornou o mais controverso da história do Brasil.
A expectativa era a de que várias escolas de samba e afins fizessem críticas fortes e diretas a Bolsonaro, do ponto de vista da esquerda. Ou seja, pintassem o presidente como racista, misógino homofóbico e miliciano.
Não foi o que se viu. No Rio de Janeiro, vitrine do Brasil, afora uma escola do grupo A, a Vigário Geral, e a São Clemente, do grupo especial, Bolsonaro passou incólume no Carnaval — até esta terça-feira, pelo menos
No caso da Vigário Geral, como registramos, a escola de samba desfilou com um palhaço Bozo com faixa presidencial. É uma agremiação secundária. No da São Clemente, a crítica mais explícita ficou por conta do humorista Marcelo Adnet, que desfilou no alto de um carro alegórico fazendo o gesto da arminha e flexões de braço (mas ele fez questão de dizer que a fantasia era de “político”). O enredo do samba era contra a corrupção — Adnet teria feito melhor, portanto, se tivesse se caracterizado como Lula. De qualquer forma, acabou sendo mais simpático do que provavelmente era o esperado.
Até agora, portanto, o estandarte de ouro vai para Bolsonaro.
Assis Silva
Jornalista – DRT 1652 – Começou na imprensa local através do jornal A Cidade, foi redator-noticiarista das rádios Baixa verde AM. Líder FM e TOP FM, editor e redator de vários jornais regionais e locais ao longo de 30 anos de profissão. Em 2007 criou o 1º blog da região campeão em acessos diários. Fone para contato: 84 9 9610 - 9977