Até agora, Bolsonaro é o vencedor deste Carnaval

O vencedor deste Carnaval — em desfiles de escolas e blocos — foi Jair Bolsonaro. Sim, o presidente da República que, com apenas um ano de mandato, se tornou o mais controverso da história do Brasil.

A expectativa era a de que várias escolas de samba e afins fizessem críticas fortes e diretas a Bolsonaro, do ponto de vista da esquerda. Ou seja, pintassem o presidente como racista, misógino homofóbico e miliciano.

Não foi o que se viu. No Rio de Janeiro, vitrine do Brasil, afora uma escola do grupo A, a Vigário Geral, e a São Clemente, do grupo especial, Bolsonaro passou incólume no Carnaval — até esta terça-feira, pelo menos

No caso da Vigário Geral, como registramos, a escola de samba desfilou com um palhaço Bozo com faixa presidencial. É uma agremiação secundária. No da São Clemente, a crítica mais explícita ficou por conta do humorista Marcelo Adnet, que desfilou no alto de um carro alegórico fazendo o gesto da arminha e flexões de braço (mas ele fez questão de dizer que a fantasia era de “político”). O enredo do samba era contra a corrupção — Adnet teria feito melhor, portanto, se tivesse se caracterizado como Lula. De qualquer forma, acabou sendo mais simpático do que provavelmente era o esperado.

Até agora, portanto, o estandarte de ouro vai para Bolsonaro.

O Antagonista