Comer frutas poderia evitar 1 em cada 7 mortes por doença cardiovascular, dizem cientistas
jun
12
2019
Duas maçãs e três porções de cenoura todos os dias. De
acordo com pesquisa divulgada no sábado (8) em evento nos Estados Unidos, esta
é uma excelente receita para diminuir suas chances de morrer de ataque cardíaco
ou AVC.
O estudo, apresentado em congresso organizado pela
Sociedade Americana de Nutrição e realizado em Baltimore, cruzou dados mundiais
de consumo de frutas e legumes com as notificações de mortes em decorrência de
doenças cardiovasculares ao longo de 2010.
A principal conclusão foi de que uma em cada sete mortes
do tipo pode ser atribuída ao fato de a pessoa não ter ingerido fruta
suficiente. E uma em cada 12 mortes também por problemas cardiovasculares
seriam resultado de falta de legumes e verduras suficientes.
No total, apenas no ano de 2010, foram 1,8 milhão de
mortes que poderiam ser evitadas, em todo o mundo, com melhor alimentação de
frutas. E 1 milhão de mortes foram atribuídas a um consumo baixo de legumes.
No geral, o consumo baixo de frutas resulta em quase 1,3
milhão de mortes por AVC e mais de 520 mil mortes por doenças cardíaca
coronária por ano em todo o mundo. Ao mesmo tempo, o consumo baixo de legumes e
verduras é responsável por 200 mil mortes por AVC e mais de 800 mil por doenças
cardíaca. É para se lembrar disso antes de recusar a salada ou afirmar que
fruta não é sobremesa.
“Nossa pesquisa indica a necessidade de expandir os
esforços para aumentar a disponibilidade e o consumo de alimentos protetores,
como frutas e vegetais”, afirmou à BBC News Brasil a especialista em
nutrição Victoria Miller, pesquisadora da Universidade Tufts, nos Estados
Unidos.
“Frutas, legumes e verduras são
componentes modificáveis da dieta humana que podem afetar as mortes evitáveis
globalmente.”
Conforme pontua a pesquisadora, isso
ocorre porque os vegetais são boas fontes de fibras, potássio, magnésio,
antioxidantes e fenólicos – com bons resultados para reduzir a pressão arterial
e o colesterol. Além disso, esses produtos também melhoram a diversidade das
bactérias que vivem no trato digestivo.
Por fim, quem se alimenta bem de frutas
e alimentos do tipo tem menor probabilidade de estar acima do peso ou serem
obesas, reduzindo assim as chances de doenças cardiovasculares.
O cardiologista Dariush Mozaffarian,
também da Universidade Tufts, lembra que em geral os esforços globais
“tradicionalmente se concentram em fornecer calorias suficientes,
suplementação vitamínica e redução de aditivos como sal e açúcar”.
“Os resultados da atual pesquisa
nos indicam que há uma necessidade de aumentar o foco, com um esforço para uma
maior disponibilidade e consumo de alimentos ditos protetores, como verduras e
legumes”, afirma ele.
“Seria um caminho positivo com
muito potencial para melhorar a saúde global.”
Assis Silva
Jornalista – DRT 1652 – Começou na imprensa local através do jornal A Cidade, foi redator-noticiarista das rádios Baixa verde AM. Líder FM e TOP FM, editor e redator de vários jornais regionais e locais ao longo de 30 anos de profissão. Em 2007 criou o 1º blog da região campeão em acessos diários. Fone para contato: 84 9 9610 - 9977