Secretária de Administração da Paraíba é presa em aeroporto por Operação Calvário
mar
17
2019
Investigada na Operação Calvário, a secretária de
Administração da Paraíba, Livânia Maria Da Silva Farias, foi presa no fim da
tarde deste sábado (16) ainda no Aeroporto Castro Pinto, Bayeux, acusada de
corrupção passiva e lavagem de capitais. Ela havia acabado de desembarcar de um
voo vindo de Belo Horizonte e foi encaminhada para a Academia de Polícia
(Acadepol), no bairro de Jacarepé, em João Pessoa.
Livânia é suspeita de receber propina no contrato de
gestão do Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa firmado com a Cruz
Vermelha do Rio Grande do Sul. Na terceira fase da operação, o ex-assessor da
pasta, Leandro Nunes, confirmou que foi ao Rio de Janeiro receber dinheiro do
esquema que envolvia desvio de recursos públicos, corrupção, lavagem de
dinheiro e peculato.
Segundo o Ministério Público, o principal suspeito da
operação é Daniel Gomes da Silva, ex-dono de uma empresa de ambulâncias que
prestava serviços à Cruz Vermelha.
No período entre julho de 2011 até dezembro de 2018, o
grupo criminoso teve acesso a R$ 1,1 bilhão em recursos públicos paraibanos.
Segundo denúncia do Ministério Público da Paraíba, a ordem de arrecadar e
distribuir os valores do esquema teria partido de Livânia Maria.
Ela teria recebido, entre janeiro e março de 2016, via
Leandro Nunes e sob a ordem de Daniel Gomes, R$ 400 mil. Uma parte deste
dinheiro serviu para custear a compra de uma casa na cidade de Sousa. O imóvel
foi registrado, no início, no nome de uma amiga, Maria Aparecida de Oliveira.
Posteriormente, a propriedade foi transferida para Elvis Rodrigues, o marido da
secretária.
O MPPB requereu ainda o sequestro de alguns bens do casal
por considerar que houve prejuízo à Fazenda Pública do estado. Entre eles o
imóvel em Sousa e um veículo BMW X1 S201, ano 2018, pertencentes a Livânia e
Elvis.
A secretária é uma das dez pessoas alvos da terceira fase
da Operação Calvário, deflagrada na quinta-feira (14). O Ministério Público da
Paraíba (MPPB) por meio do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado
(Gaeco) e da Comissão de Combate aos Crimes de Responsabilidade e a Improbidade
Administrativa (CCRIMP), cumpriu 11 mandados de busca e apreensão.
Os mandados foram cumpridos nos municípios de João
Pessoa, capital paraibana, Sousa, Santa Cruz e no estado do Rio de Janeiro. Os
contratos investigados foram celebrados entre o governo e a Cruz Vermelha do
Rio Grande do Sul entre julho de 2011 e setembro de 2018, quando Ricardo
Coutinho (PSB), padrinho político de João Azevêdo (PSB), ainda era governador.
Assis Silva
Jornalista – DRT 1652 – Começou na imprensa local através do jornal A Cidade, foi redator-noticiarista das rádios Baixa verde AM. Líder FM e TOP FM, editor e redator de vários jornais regionais e locais ao longo de 30 anos de profissão. Em 2007 criou o 1º blog da região campeão em acessos diários. Fone para contato: 84 9 9610 - 9977