Paralisação nacional da educação está prevista para esta quarta-feira

Assembleia organizada pelos estudantes da Universidade de São Paulo (USP) decide pela paralisação geral (Reprodução/Facebook)

Protestos em defesa da educação estão previstos em todo o país nesta quarta-feira, 15. As manifestações são contrárias ao bloqueio de recursos de cerca de 30% do orçamento de despesas para custeio das universidades e institutos federais anunciado pelo Ministério da Educação (MEC), sob comando do ministro Abraham Weintraub. De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), greves e atos foram convocados para todos os estados do Brasil.

A União Nacional dos Estudantes (UNE) afirmou, em nota oficial, que “em conjunto com diversos movimentos educacionais, convocou o dia 15 de Maio como o Dia Nacional em Defesa da Educação, em que em todos estados do Brasil estudantes, professores, trabalhadores e a sociedade em geral irão às ruas contra os cortes e perseguições às nossas universidades, institutos e escolas.”

Segundo a UNE, vão aderir à paralisação estudantes de 82 instituições, entre universidades públicas e privadas e institutos federais, além de redes estaduais de professores (veja lista completa ao final do texto). Devem participar dos protestos, entre outros, a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Universidade de Brasília, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), a Universidade Federal do Amazonas (UFAM), a Universidade Federal da Bahia, entre outras.

Entidades voltadas à educação também anunciaram adesão à greve nacional. Entre elas, a Associação de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped), Associação Brasileira de Currículo (ABdC), Associação Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências (Abrapec), Associação Nacional pela Formação dos Profissionais da Educação (Anfope) e Movimento Nacional em Defesa do Ensino Médio.

As principais concentrações esperadas devem ser em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), em São Paulo; no Museu da República, em Brasília; na Praça da Estação, em Belo Horizonte; na Praça da Bandeira, em Fortaleza; na Praça Santos Andrade, em Curitiba; na Praça do Congresso, em Manaus; em frente à Igreja da Candelária, no Rio de Janeiro; e no Ginásio Pernambucano, em Recife. Em Porto Alegre, os atos públicos acontecerão em dois locais: Esquina Democrática e Palácio Piratini.