Mais duas mortes suspeitas por arboviroses são investigadas em Pernambuco

utras duas mortes suspeitas por arboviroses estão sendo investigadas em Pernambuco, segundo o boletim epidemiológico semana 3, divulgado nesta segunda-feira (27) pela Secretaria estadual de Saúde (SES-PE).

O primeiro caso aconteceu no dia 09 deste mês, no município de Moreno, na Região Metropolitana do Recife (RMR), levando a óbito uma mulher de 52 anos.

O segundo foi registrado no último dia 16, em São Lourenço da Mata, também na RMR, vitimando uma mulher de 40 anos. Com essas duas mortes, o estado soma em 2020 quatro óbitos suspeitos por arboviroses.

O primeiro óbito havia sido registrado no dia 6 deste mês no Recife. A vítima foi um homem de 69 anos. O outro caso foi em Jaboatão dos Guararapes em 8 de janeiro e vitimou um homem de 70 anos. Todos os óbitos estão em investigação.

“A investigação é feita pelo município de origem do paciente. Com os dados da investigação, é feita a discussão do caso no comitê de óbito estadual”, informou a Secretaria estadual de Saúde. Só após a investigação, que não data certa para ser concluída, é possível afirmar que a morte dessas pessoas foi causada pela dengue, ou zika ou chikungunya, ou descartar para todas as arboviroses. 

Os dados do boletim epidemiológico semana 3 incluem informações coletadas entre os dias 29 de dezembro de 2019 a 18 de janeiro de 2020. Além dos óbitos, o documento destacou que nas primeiras semanas de janeiro foram registrados 386 casos suspeitos de dengue, sendo 40 confirmados, em 61 municípios pernambucanos. 

Para chikungunya, o boletim epidemiológico notificou 73 casos suspeitos, com duas confirmações, nessas três primeiras semanas de janeiro, registrados em 22 cidades. Em relação à zika, são quatro casos suspeitos, todos notificados no município de Custódia, no Sertão do Moxotó. 

No início deste mês, o Ministério da Saúde alertou para a possibilidade de surto de dengue a partir do mês de março. 

Pernambuco vivenciou um aumento nos casos das arboviroses em 2019, quando comparados os dados do ano anterior (2018). A partir de maio do ano passado, o Estado entrou em zona epidêmica. Já em novembro do mesmo ano, o estado voltou a ter os casos dentro do esperado para o período. 

Segundo o Índice de Infestação Predial do 6º ciclo do Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), realizado entre os dias 6 e 10 de janeiro, 43 municípios em situação de risco de surto, 72 em estado de alerta e 34 municípios em situação satisfatória. 

A Secretaria de Saúde de Pernambuco alerta que esta é uma época propícia para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e da zika. “É preciso chamar a atenção dos municípios para que as ações de campo continuem sendo realizadas e também da população para, quando houver a necessidade de armazenar água, manter os recipientes sempre vedados. Essas ações são essenciais para evitar o aumento de casos e possíveis surtos”.