Jair Bolsonaro mandou retirar o jato presidencial do hangar em pleno domingo. Voou de Brasília para o Rio de Janeiro. Num gesto de rara solidariedade, participou do funeral do soldado Pedro Lucas Ferreira Chaves, que morrera na véspera durante um treinamento de paraquedistas.
O presidente fez questão de discursar. Rendeu homenagens ao morto. Consolou os pais. Ficou demonstrado que Bolsonaro não ignora o valor da compaixão.
Quem ouviu Bolsonaro ficou se perguntando: por que diabos o capitão não estende aos 50 mil mortos do coronavírus e aos que sofrem com o infortúnio o tratamento que dispensou ao soldado e seus familiares?
Já está entendido que o presidente abriu mão de presidir a crise sanitária. Mas deveria pelo menos perceber o óbvio.
Submetidos às trapaças de um vírus letal, os brasileiros precisam de muita coisa, sobretudo de uma vacina. Como não dispõem de tudo, acabam precisando de muito pouco: só uns dos outros.
Assis Silva
Jornalista – DRT 1652 – Começou na imprensa local através do jornal A Cidade, foi redator-noticiarista das rádios Baixa verde AM. Líder FM e TOP FM, editor e redator de vários jornais regionais e locais ao longo de 30 anos de profissão. Em 2007 criou o 1º blog da região campeão em acessos diários. Fone para contato: 84 9 9610 - 9977
Comentários
Posted by Nailson Silva de Aguiar
De muitos mal gosto essa matéria. O fato do presidente ir prestar homenagem há um conhecido não significa que ele “ignora” os outros mais de 50 mil mortos. Por favor seja mais digno em suas publicações.
De muitos mal gosto essa matéria. O fato do presidente ir prestar homenagem há um conhecido não significa que ele “ignora” os outros mais de 50 mil mortos. Por favor seja mais digno em suas publicações.